China lembra EUA de "benefícios substanciais" no comércio bilateral
A China lembrou hoje aos Estados Unidos os "benefícios substanciais" que o comércio bilateral proporcionou aos dois países, afirmando que as trocas comerciais foram sempre lucrativas para ambos.
© Reuters
Economia Pequim
"O relacionamento económico e comercial entre a China e os EUA alcançou uma amplitude e profundidade sem precedentes" e "aumentou 252 vezes, entre 1979 e 2018", lembrou o ministério chinês do Comércio, num relatório.
A mesma fonte apontou que o comércio bilateral atingiu os 633,5 mil milhões de dólares, no ano passado, e 125 mil milhões de dólares, no setor dos serviços.
O investimento direto entre os dois países somou quase 160.000 milhões de dólares nas últimas quatro décadas, acrescentou.
A mesma fonte justificou o deficit comercial dos Estados Unidos nas trocas com a China com o facto de "a China fornecer itens que exigem de mão-de-obra intensiva".
E lembrou que a China regista um deficit em outros setores, incluindo aviões, circuitos integrados, automóveis e produtos agrícolas, "o que mostra que ambos os países capitalizaram as suas respetivas vantagens industriais".
O ministério também culpou o "controlo restrito dos EUA" sobre as exportações para a China de produtos de alta tecnologia, que afeta cerca de 3.100 itens.
"Se os Estados Unidos abrissem as suas barreiras às exportações para a China, como fazem com outros países, como a França, o deficit comercial caía um terço", argumentou.
Os dois países travam, desde o verão passado, uma guerra comercial e tecnológica que se tem vindo a agravar.
Os governos das duas maiores economias do mundo impuseram já taxas alfandegárias sobre centenas de milhares de milhões de dólares de bens importados um do outro.
Washington colocou ainda a gigante chinesa das telecomunicações Huawei numa lista negra, que restringe as empresas dos EUA de fornecer 'chips', semicondutores, software e outros componentes, sem a aprovação do Governo.
Pequim retaliou com taxas adicionais sobre 60.000 milhões de dólares em bens produzidos nos EUA, que entraram em vigor este fim de semana, e ameaçou estabelecer a sua própria lista de "entidades não confiáveis", que integraria empresas e particulares estrangeiros.
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