Portas faz balanço "muito positivo" do Fórum mas há "margem para melhorar"
O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, considerou hoje "muito positivo" o balanço dos dez anos de atividade do Fórum Macau, que "pode e deve desempenhar um papel crucial", mas defendeu haver margem para melhorias.
© Global Imagens
Economia Lusofonia
"O balanço é muito positivo, mas há margem para melhorar, nomeadamente ao nível da identificação dos interesses comuns e específicos de cada país", afirmou Paulo Portas, no seu discurso, na cerimónia de abertura da IV Conferência Ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau).
Para Paulo Portas, "o Fórum Macau adquiriu uma projeção e notoriedade que talvez poucos julgassem possível na China, em Macau e nos países de língua portuguesa" e representa, "por si só, um reconhecimento por parte do Governo chinês da importância e natureza estratégica da língua portuguesa no mundo e dos países que falam português".
"São países com economias diversas mas com grandes complementaridades, quer pela sua geografia, quer pela diversidade de recursos a elas associados", afirmou, salientando que os países de língua portuguesa representam cerca de 250 milhões de consumidores - o equivalente a 4,6% da economia mundial -, pelo que a simples existência do Fórum Macau ilustra "o reconhecimento por parte da China" deste conjunto.
Contudo, salientou, "a função do Fórum Macau não se esgota no aspeto económico", já que a formação de recursos humanos constitui, desde a sua criação, "uma atividade prioritária".
"Um dos efeitos visíveis da ação do Fórum traduz-se no crescimento exponencial de estudantes chineses que estão a aprender português, tanto nas universidades da China continental como em Macau, com o objetivo de desenvolverem carreiras profissionais nos países de língua portuguesa", afirmou Paulo Portas, recordando que em Portugal também se "testemunha" o crescente número de estudantes chineses que procuram aprofundar conhecimentos.
A China "soube reconhecer em Portugal um parceiro estratégico, numa decisão meditada e de confiança. Portugal foi, dos países europeus, aquele que certamente percebeu mais cedo e mais longe a relevância do papel da China no novo panorama internacional", frisou Paulo Portas.
Considerando ser hora de balanços, o vice-primeiro-ministro também aproveitou para assinalar a entrada em funcionamento, em junho último, do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
O fundo constituirá "certamente um instrumento essencial no estímulo ao reforço dos intercâmbios empresariais entre a China e os países de língua portuguesa", afirmou.
"Estou convicto de que os nossos empresários estão atentos às oportunidades agora criadas e que o Fundo contribuirá para uma maior presença empresarial portuguesa na China continental e em Macau", destacou.
O "significativo crescimento das trocas comerciais" também mereceu uma nota no discurso de Paulo Portas, que constatou uma "evolução extremamente favorável".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com