Montijo: Projeto decisivo para o país, "vítima" do seu sucesso
O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações considerou hoje "decisivo" o novo aeroporto no Montijo, argumentando que o "drama" de Portugal foi ter demorado "muito tempo" e ser agora "vítima" do seu "sucesso".
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Economia Governo
"O novo aeroporto de Lisboa é decisivo para Portugal, há décadas que se discute em Portugal a localização do novo aeroporto, poupo-vos a esse historial. O drama é que demorámos muito tempo e agora somos vítimas do nosso próprio sucesso como país atrativo", disse Alberto Souto de Miranda.
O governante, que falava na sessão de encerramento do primeiro dia da cimeira aeronáutica Portugal Air Summit, que está a decorrer no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor até domingo, considera "privilegiada" a localização do novo aeroporto.
Alberto Souto de Miranda recordou que já foi entregue o estudo de impacte ambiental para a construção do aeroporto, estimando-se que a decisão das autoridades ambientais possa ser conhecida em "outubro próximo".
"Um aeroporto tem sempre impactos ambientais significativos. O Governo quer estar na linha da frente das melhores práticas ambientais e implementará escrupulosamente as medidas mitigadoras que vierem a ser impostas", disse.
Em meados de abril, a ANA -- Aeroportos de Portugal anunciou estar concluido o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) do aeroporto do Montijo, mas as conclusões não são ainda conhecidas, nem pelos ambientalistas nem pelos deputados.
A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, com um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 para aumentar o atual aeroporto de Lisboa (Humberto Delgado) e transformar a base aérea do Montijo no novo aeroporto de Lisboa.
Em 04 de janeiro, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que vão ser integralmente cumpridas eventuais medidas de mitigação definidas no estudo de impacto ambiental.
O primeiro-ministro, António Costa, por seu turno, afirmou que apenas aguarda o EIA para a escolha da localização do novo aeroporto ser "irreversível".
Em 11 de janeiro, António Costa admitiu que "não há plano B" para a construção de um novo aeroporto complementar de Lisboa caso o EIA chumbe a localização no Montijo e voltou a garantir que "não haverá aeroporto no Montijo" se o EIA não o permitir.
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