No relatório, a Crédito y Caución refere que "a incerteza em torno do Brexit fez com que empresas, em especial as grandes empresas internacionais, adiassem as suas decisões de investimento, o que tem um impacto significativo nas empresas mais pequenas da cadeia de fornecimento" e sublinha que "os setores da construção civil e do retalho são os mais afetados pelo aumento das insolvências".
A seguradora de crédito sublinha que estas perspetivas assentam no princípio de que haverá um Brexit ordenado e na subsequente aceleração do crescimento no segundo semestre de 2019, apoiada num maior poder de compra das famílias, na recuperação dos investimentos e num aumento da despesa pública.
"Um Brexit desordenado conduziria imediatamente a uma revisão em baixa destas previsões", adverte.
"Após a votação a favor do Brexit em 2016, a economia do Reino Unido conseguiu manter a sua resiliência com um aumento da competitividade das exportações devido à debilidade da libra", lê-se no relatório, adiantando que, "no entanto, a expansão económica começou a desacelerar no quarto trimestre de 2018, principalmente devido à maior aversão ao risco relacionado com o Brexit, às tensões nas finanças das famílias e à fraca procura global".
No relatório, a Crédito y Caución revê a previsão de crescimento do Reino Unido para 1,4% e indica que, com estas perspetivas, espera-se que o Banco da Inglaterra mantenha as taxas de juros em torno dos 0,75%.
Além das possíveis repercussões do Brexit, a seguradora de crédito considera que "outro potencial risco de queda é o aumento da dívida dos consumidores, juntamente com a estagnação das receitas".
"A dívida das famílias aumentou para 140% do seu rendimento disponível, o que representa um risco potencial para o setor financeiro", precisa.