Federação quer mais promoção das feiras pelo Turismo de Portugal
O presidente da Federação Nacional das Associações de Feirantes (FNAF), Joaquim Santos, defendeu hoje uma maior promoção das feiras e dos mercados do país através do Turismo de Portugal e das autarquias para valorizar e dinamizar o setor.
© Reuters
Economia Turismo
Na véspera do 14.º Encontro de Feirantes em Fátima, concelho de Ourém, distrito de Santarém, e da primeira celebração oficial do Dia Nacional do Feirante, Joaquim Santos falou à Lusa sobre os problemas do setor e a importância das feiras para o desenvolvimento das localidades.
"Neste momento o setor não passa os melhores dias. Temos uma concorrência agressiva a nível de comércio e lojas de grande superfície com áreas com mais conforto. É difícil para nós concorrer com este tipo de espaços", disse.
Entre os problemas apontados por Joaquim Santos estão o preço dos terrados praticados nas feiras e a lei da rotatividade dos espaços, pelo que o representante defende que o feirante deveria ficar por no mínimo 10 anos no mesmo local.
"Defendemos também que as autarquias deveriam divulgar as feiras e sobretudo gostaríamos de ver esse trabalho também feito no Turismo de Portugal. Vamos começar a preparar a documentação para podermos abordar este assunto com o próximo Governo", disse.
No entendimento do presidente da FNAF, o Turismo de Portugal pode ser a melhor forma de divulgação das tradições e da atividade no país.
"A plataforma do Turismo de Portugal pode fazer o postal turístico das feiras e mercados do país", disse.
Sobre o 14º. Encontro de Feirantes que vai decorrer na terça-feira em Fátima, Joaquim Santos destacou que este ano "vai ter mais sabor".
"Vamos assinalar pela primeira vez de forma oficial o Dia Nacional do Feirante, efeméride que nós já comemorávamos, mas não de forma oficial. Este dia vem reconhecer e valorizar a profissão de feirante, que é tão antiga e que passa de pais para filhos", disse.
No final de abril, foi publicado em Diário da República uma resolução da Assembleia da República que consagra a última terça-feira do mês de maio como Dia Nacional do Feirante e recomenda ao Governo o reconhecimento e valorização do trabalho dos feirantes.
Na resolução é recomendado ao Governo que realize - em articulação com as associações representativas do setor, a FNAF e as suas estruturas regionais, a Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) - uma avaliação rigorosa do atual quadro legislativo do setor, tendo como objetivo o seu aperfeiçoamento.
"É uma mais-valia para a classe. Um reconhecimento para os que ao longo dos anos fizeram pela atividade. Lembro que esta atividade é muito importante para as pessoas e para o desenvolvimento das localidades", disse.
A este propósito, destacou a história da feira de Espinho, que tem mais de cem anos.
"As pessoas vinham fazer negócios. O seu comércio deu potencial à localidade para que se tornasse concelho. Se olharmos para todos os municípios portugueses, podemos verificar que os que não têm feiras ou mercados são menos desenvolvidos", salientou.
Na terça-feira, os feirantes vão participar numa missa seguida de um almoço, no qual vão ser debatidos assuntos relativos ao setor.
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