"Consideramos que foram alcançados avanços significativos e que a proposta, que mereceu o acordo de ambas as partes, reúne o mínimo de condições para ser submetida à apreciação dos trabalhadores", acrescentou a mesma fonte, ressalvando que a "decisão final sobre o acordo de princípio alcançado esta noite será sempre dos estivadores do porto de Setúbal".
O Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística e os operadores portuários de Setúbal, sob mediação do Governo, reuniram-se na quarta-feira para mais uma ronda negocial que se prolongou até hoje de madrugada, tendo chegado a um entendimento que o sindicato considerou aceitável e que considera dar resposta a algumas das principais reivindicações dos estivadores.
A posição dos estivadores do porto de Setúbal deverá ser conhecida após a reunião plenária marcada para as 09:00 de hoje no porto de Setúbal.
Em dezembro do ano passado, quando foi celebrado o acordo que viabilizou o regresso ao trabalho dos trabalhadores eventuais do porto de Setúbal que paralisaram a atividade portuária durante um mês, tinha sido acordado um prazo para negociação de um contrato coletivo de trabalho, prazo esse que foi prorrogado várias vezes e que culminou com esta uma última ronda.
Na origem do conflito esteve a situação de precariedade de cerca de 90% dos estivadores do porto de Setúbal, contratados ao turno e sem quaisquer regalias sociais durante mais de duas décadas.
A recusa dos estivadores contratados à jorna em se apresentarem ao trabalho, no final de novembro do ano passado, provocou atrasos significativos nas exportações de algumas das maiores empresas da região e do país, designadamente da fábrica de automóveis da Autoeuropa.