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Acionistas do BCP votam 4ª feira dividendos e devoluções aos funcionários

O BCP realiza esta quarta-feira a assembleia-geral anual em que serão votadas as contas de 2018, a distribuição de dividendos e de compensações aos trabalhadores, estando marcada uma manifestação sindical por aumentos salariais.

Acionistas do BCP votam 4ª feira dividendos e devoluções aos funcionários
Notícias ao Minuto

09:47 - 21/05/19 por Lusa

Economia Banca

Depois da votação do ponto um da ordem de trabalhos, relativo às contas de 2018 (lucros de 301,1 milhões de euros, mais 62% do que em 2017), o ponto dois é relativo à distribuição de lucros pelos acionistas e devoluçao de parte dos cortes salariais que os trabalhadores sofreram entre 2014 e 2017.

Para dividendos, a administração propõe 30,2 milhões de euros (0,002 cêntimos euros por ação) e para os trabalhadores cerca de 12,6 milhões de euros.

Em 09 de maio, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre, o presidente executivo do banco, Miguel Maya, disse que a proposta de compensação aos trabalhadores é "mais generosa" do que a proposta de dividendos aos acionistas.

"Na proposta de dividendo aos acionistas versus a proposta de compensação aos trabalhadores, é mais generosa a compensação aos trabalhadores", disse Maya, justificando que aos acionistas a administração está a propor a distribuição de cerca de 30 milhões de euros, o que é um dividendo correspondente a cerca de 10% do resultado de 2018 (uma vez que foram de cerca de 300 milhões de euros), enquanto para os trabalhadores está a propor 12,6 milhões de euros.

O valor a distribuir aos funcionários é equivalente a um terço do valor total a devolver e, se for aprovado, será pago com os salários de junho. Será a comissão executiva a decidir o valor concreto a pagar a cada funcionário.

Esta reunião magna será ainda marcada por uma manifestação de bancários, organizada por Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB), Sindicato Independente da Banca (SIB) e Sindicato dos Bancários do Norte (SBN).

Em causa está aquilo que dizem ser a "estagnação" dos salários no BCP e o impasse nas negociações relativas à revisão do Acordo Coletivo de Trabalho do banco.

Entretanto, também anunciaram que marcarão presença o Sindicato dos Bancários do Centro (SBC) e o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI).

Nesta assembleia-geral irá ainda a votação a nomeação de Fernando Lima como novo membro do Conselho de Administração e da Comissão de Auditoria do BCP (ex-administrador do BPI) e de Nuno Alves (ex-quadro do BCP e ex-administrador financeiro da EDP) para o Conselho de Remunerações e Previdência (com remuneração de 50 mil euros), em substituição de Norberto Rosa que foi eleito mas não tomou posse. Em ambos os casos até ao final do mandato em curso, em 2021.

Será ainda votada a nova política de remuneração dos membros dos órgãos sociais e uma alteração do período de funções do revisor oficial de contas e do auditor externo e a recondução da Deloitte como auditor externo.

O BCP tinha 7.262 trabalhadores em Portugal no final de março.

O grupo chinês Fosun é o maior acionista do banco, com cerca de 27% do capital social, seguindo-se a petrolífera angolana Sonangol com 19%. O fundo de investimento Blackrock tinha, em final de 2018, cerca de 2,8% e o grupo EDP 2,11%.

A assembleia-geral realiza-se às 14h30, no Tagus Park, em Oeiras (distrito de Lisboa).

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