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Trabalhadores da TST em protesto contra os "ordenados mais baixos" na AML

Cerca de 250 trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) concentraram-se hoje em protesto, em Almada, no distrito de Setúbal, contra os "ordenados mais baixos" do setor na Área Metropolitana de Lisboa (AML), reivindicando melhores condições laborais.

Trabalhadores da TST em protesto contra os "ordenados mais baixos" na AML
Notícias ao Minuto

13:37 - 20/05/19 por Lusa

Economia Greve

"Esta é a empresa das ex-rodoviárias que tem os ordenados mais baixos de toda a Área Metropolitana [de Lisboa]", disse à Lusa um motorista de Sesimbra Francisco Fonseca, adiantando que foi apresentada uma proposta à empresa de "750 euros de ordenado base".

"É o que estamos a exigir, que tenhamos melhores salários e melhores condições de trabalho para podermos proporcionar à população e aos passageiros que transportamos umas boas condições", frisou.

Naquele que é o segundo e último dia de greve dos trabalhadores da TST, cerca de 250 funcionários concentraram-se na rua Dom Nuno Álvares Pereira, em Almada, discursando sobre as condições a que estão sujeitos.

"Nós tivemos uma reunião com a administração da empresa no passado sábado, que finalmente apresentou uma nova proposta que ficou muito aquém daquilo que são as reivindicações", referiu Fernando Fidalgo, da Fectrans -- Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.

De acordo com o sindicalista, a TST propôs um aumento dos atuais 673 euros para 685 euros e a implementação de um sistema de folgas rotativas, no entanto, para os motoristas isto não é suficiente e, em princípio, vão "rejeitar", continuando com paralisações de 48 horas, por mês.

"Os trabalhadores reivindicam já e de imediato 700 euros na tabela salarial com retroativos a janeiro deste ano", indicou.

O protesto realizou-se entre as 10:00 e as 12:00, seguindo-se uma reunião com a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros (PS), pelo que o sindicato espera que o executivo "esteja do lado dos trabalhadores" e que "pressione a administração da TST para resolver o conflito".

"Nós esperamos que a presidente da Câmara de Almada reconheça que a TST é uma empresa que tem prestado um mau serviço aos utentes. Tem uma frota particularmente envelhecida, tem um elevado índice de corte de carreiras, não se preparou para o aumento da taxa de ocupação verificado com os novos passes sociais e têm ficado muitos utentes nas paragens", mencionou.

Neste protesto também esteve a deputada e vereadora do BE na Câmara de Almada, Joana Mortágua, que realçou como a "degradação do serviço prestado à população" também corresponde à "degradação dos trabalhadores", que "recebem abaixo da média salarial do seu setor".

Neste sentido, a bloquista advertiu que a degradação do serviço tem vindo a piorar desde que entrou em vigor o novo passe social, em 01 de abril, não existindo "nenhum reforço por parte da administração" em termos de carreiras, o que tem causado "queixas de muita gente que fica nas paragens".

Na concentração também esteve presente o eurodeputado do PCP, João Pimenta Lopes, que, à semelhança de Joana Mortágua, defendeu a "reversão dos processos de liberalização e privatização do setor dos transportes em Portugal".

Esta é a terceira vez que os trabalhadores paralisam por 48 horas, reivindicando aumentos salariais e a redução da carga horária, tendo registado hoje uma adesão na ordem dos 90 a 95% e a supressão de carreiras entre Setúbal e Lisboa, segundo a Fectrans, apesar de a empresa apenas contabilizar 77,8%.

A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

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