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Novo Banco reduz prejuízo para 93,1 milhões no primeiro trimestre do ano

O Novo Banco registou prejuízos de 93,1 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, uma melhoria face aos prejuízos de 130,9 milhões de euros registado no ano passado, foi hoje divulgado.

Novo Banco reduz prejuízo para 93,1 milhões no primeiro trimestre do ano
Notícias ao Minuto

17:20 - 17/05/19 por Lusa

Economia Novo Banco

"Em termos combinados o Novo Banco apresentou um prejuízo de 93,1 milhões de euros neste 1.º trimestre de 2019, em linha com o Plano Estratégico e com os compromissos assumidos com as Autoridades Europeias", divulgou hoje a instituição em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

O banco presidido por António Ramalho indicou ainda que o negócio recorrente do registou um resultado líquido positivo de 85,4 milhões de euros antes de impostos, mas que o legado do banco, decorrente do antigo Banco Espírito Santo (BES), registou um prejuízo de 142,0 milhões de euros.

Ainda na informação hoje divulgado, o banco reviu o resultado líquido do primeiro trimestre de 2018 para lucros de 70,4 milhões de euros, em vez dos prejuízos de 130,9 milhões de euros anunciados há um ano, o que diz refletir a "alteração do registo inicial de passivos relacionados com a operação de LME [operação de troca de dívida] concretizada no último trimestre de 2017".

Ainda segundo o Novo Banco, o resultado do primeiro trimestre deste ano "não compara adequadamente com o resultado do primeiro trimestre de 2018, uma vez que este incluía um efeito positivo (51,2 milhões de euros) por classificação da [seguradora] GNB Vida como atividade em descontinuação".

Já quanto aos outros indicadores da demonstração de resultados, nos primeiros três meses deste ano o produto bancário desceu 17,7% para 215,4 milhões de euros, enquanto os custos operativos desceram 1,3% para 120,3 milhões de euros, o que atribui às "melhorias concretizadas ao nível da simplificação dos processos e otimização de estruturas".

No final de março, o banco tinha 5.070 trabalhadores, menos 26 do que no final de 2018. Já os balcões eram 401, menos um do que em dezembro passado.

As imparidades e provisões foram de 151,8 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, quase quatro vezes mais do que as constituídas no mesmo período de 2018.

Olhando para o balanço, os depósitos caíram 0,8% para 27,8 milhões de euros.

O banco não revela o crédito total, apenas o crédito da parte 'recorrente', que aumentou 0,6% para 22.595 milhões de euros. Diz ainda que há a "manutenção da estratégia de desinvestimento, tendo o crédito não produtivo diminuído 308 milhões de euros face ao final de 2018".

O Novo Banco tem atualmente em curso "três operações de venda de ativos não produtivos", a venda de crédito malparado (designado projeto NATA II), a venda de imóveis (projeto Sertórius). Referiu ainda que está a concluir a venda de imóveis e malparado em Espanha (projeto Albatroz em Espanha).

O Novo Banco recebeu na semana passada mais uma injeção de capital pelo Fundo de Resolução de 1.149 milhões de euros, isto depois de em 2018 ter tido prejuízos de 1.412,6 milhões de euros.

Do valor colocado no banco, 850 milhões de euros vieram de um empréstimo do Tesouro ao Fundo de Resolução (entidade da esfera do Banco de Portugal que consolida nas contas públicas).

Em 2018, para fazer face a perdas de 2017, o Novo Banco já tinha recebido uma injeção de capital de 792 milhões de euros do Fundo de Resolução.

A injeção de capital serve para cobrir as perdas relativas a ativos (crédito malparado, imóveis) incluídos no mecanismo de compensação acordado aquando da venda do Novo Banco ao fundo norte-americano Lone Star, em outubro de 2017.

Este mecanismo estabelece que o Novo Banco pode solicitar ao Fundo de Resolução até 3.890 milhões de euros até 2026, pelo que nos próximos anos ainda pode pedir mais quase 2.000 milhões de euros.

O Banco Espírito Santo [BES], tal como era conhecido, acabou em agosto de 2014, tendo sido criado o Novo Banco, atualmente detido em 75% pelo fundo Lone Star e em 25% pelo Fundo de Resolução bancário.

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