"Nunca entrei na Caixa", diz Joaquim Barroca

O ex-administrador do grupo Lena Joaquim Barroca disse hoje no parlamento que "nunca" entrou na Caixa Geral de Depósitos (CGD), e que nunca teve responsabilidades financeiras na construtora.

Caixa Geral de Depósitos, CGD

© Global Imagens

Lusa
16/05/2019 11:42 ‧ 16/05/2019 por Lusa

Economia

Caixa Geral de Depósitos

 

"Nunca entrei na Caixa. Nem sei onde é a entrada principal", disse Joaquim Barroca aos deputados da comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão do banco.

Em 2007, o grupo Lena comprou a construtora Abrantina, que de acordo com Joaquim Barroca dava ao grupo "um conjunto de alvarás para concorrer a umas obras em alta".

Barroca justificou a compra da Abrantina com o facto do grupo Lena precisar "de encontrar alvarás novos", de forma a criar "sinergias" para "os grandes concursos que se anunciavam".

"Abordámos a Abrantina porque era uma das empresas que estava à venda", garantiu Joaquim Barroca, explicando que a dívida herdada da Abrantina seria paga ao "trabalhar para resultados".

A dívida da Abrantina à CGD passou para o grupo Lena através da sociedade Always Special, que de acordo com o relatório da EY tinha uma exposição de 44 milhões de euros ao banco público em 2015.

No entanto, Joaquim Barroca explicou que a dívida da Abrantina eram "créditos mortos", já dados como perdidos e imparizados pela CGD, e que ao passar para o grupo Lena através da Always Special se transformaram em "créditos vivos".

Os créditos "ficariam como receita extraordinária" para a Caixa, e que por isso "não foi difícil" ao banco aceitar o acordo com o grupo Lena, disse Barroca.

"A Lena nunca abordou ninguém para negociar com a Caixa diretamente, herdou isso da situação da Abrantina", clarificou o ex-administrador do grupo construtor.

Joaqum Barroca disse ainda que não sabia dizer qual o valor da dívida da Abrantina, mas que "era muita" e "monstruosa" e que o grupo Lena, hoje NOV, "tem andado a pagá-la".

Joaquim Barroca é um dos 28 arguidos na Operação Marquês, em que estão envolvidos também Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resort Turísticos de Luxo.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas