Joaquim Barroca diz que não fala do processo de Vale do Lobo
O ex-administrador do grupo Lena Joaquim Barroca, arguido na Operação Marquês, invocou hoje o seu estatuto para não se referir à operação de Vale do Lobo, durante a comissão parlamentar de inquérito à Caixa Geral de Depósitos (CGD).
© Reuters
Economia CGD
"Por uma questão de princípio, não vou falar de Vale do Lobo", disse no parlamento Joaquim Barroca, na sua audição na comissão parlamentar de inquérito à recapitalização e gestão da CGD, quando questionado pelo deputado do PCP Duarte Alves.
"Não me convide a dizer algo que seja mau para mim", respondeu Joaquim Barroca ao deputado comunista.
Perante a menção à "questão de princípio", o presidente da comissão parlamentar, Luís Leite Ramos (PSD), disse que "o argumento de princípio não é válido", mas que o depoente estava "no direito de não querer responder".
Luís Leite Ramos lembrou ainda que Diogo Gaspar Ferreira, ex-presidente da sociedade de Vale do Lobo, falou na mesma comissão de inquérito sobre o 'resort'.
O advogado de Joaquim Barroca, Castanheira Neves, explicou em voz baixa que o processo não estava em segredo de justiça, mas que "nos termos do código penal" o seu cliente não estava obrigado a responder.
Joaquim Barroca afirmou, então, que Vale do Lobo "faz parte da acusação", e que se reservava ao direito de não se pronunciar sobre o assunto.
Entre os 28 arguidos da Operação Marquês estão Carlos Santos Silva, Henrique Granadeiro, Zeinal Bava, Armando Vara, Bárbara Vara, Joaquim Barroca, Helder Bataglia, Rui Mão de Ferro e Gonçalo Ferreira, empresas do grupo Lena (Lena SGPS, LEC SGPS e LEC SA) e a sociedade Vale do Lobo Resorts Turísticos de Luxo.
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