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Governo negoceia aquisição da posição acionista do Estado no SIRESP

O primeiro-ministro disse hoje no plenário da Assembleia da República que o objeto da negociação que está em curso passa pela aquisição da posição acionista por parte do Estado no SIRESP.

Governo negoceia aquisição da posição acionista do Estado no SIRESP
Notícias ao Minuto

18:30 - 13/05/19 por Lusa

Economia Governo

António Costa respondia ao deputado e líder do PCP, Jerónimo de Sousa, que tinha questionado o chefe do executivo se o Governo iria "acompanhar o PCP para acabar com a PPP [Parceria Público-Privada] e garantir o controlo público do SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal)".

A possibilidade de o Governo avançar para a nacionalização do SIRESP foi noticiada este sábado pelo jornal Público, que adiantou que este é um dos cenários em cima da mesa nas negociações entre o Executivo e a PT/Altice para encontrarem uma solução para o investimento que a SIRESP fez a pedido do Governo na redundância da rede e que não foi pago.

Após a resposta de António Costa, o líder comunista disse ainda que o primeiro-ministro corre o risco de ser acusado de ter uma cassete, "ou nos tempos modernos uma disquete", acrescentando estar esperançado que seja concretizado.

Na última intervenção de resposta a Jerónimo de Sousa, António Costa não deixou de se referir à cassete: "Não me ofende nada a referência da cassete, porque entre as coisas que herdei, vinha lá também uma cassete".

Jerónimo abordou na sua intervenção vários temas que ficaram sem resposta por parte do primeiro-ministro como "o atraso do pagamento das reformas e das pensões", ou "os trabalhadores desempregados que viram finalizar o subsídio de desemprego e que ficaram sem qualquer rendimento".

A crise política da semana passada com a ameaça de demissão do Governo também não ficou esquecida para os comunistas.

"Nenhum Governo que se intitule de esquerda pode ficar contente com o bloqueamento e adiamento da reposição do direito legítimo ganho a trabalhar", começou por criticar Jerónimo de Sousa.

Afirmando que foram os trabalhadores que ficaram com os direitos adiados, desde professores, médicos, enfermeiros, militares, polícias e outros profissionais como funcionários judiciais ou inspetores, Jerónimo de Sousa disse que tudo foi feito "em nome das metas do défice impostas pela União Europeia".

Para o líder dos comunistas, não foram as imposições de Bruxelas que trouxeram "emprego e crescimento económico", mas foram "as medidas de reposição de direitos e rendimentos que melhorar a situação económica do país".

Nesse sentido, Jerónimo de Sousa considerou "dispensável" a crise política gerada há uma semana após a aprovação na especialidade da contagem integral do tempo aos professores com a ameaça de demissão do Governo, medida que acabou rejeitada em votação final global na última sexta-feira.

O líder comunista considerou que o país precisa de avançar com políticas que resolvam os problemas nacionais "e não de crises políticas criadas por calculismo eleitoral e fixações em maiorias absolutas".

António Costa rejeitou calculismos eleitorais e disse que o Governo trata todos por igual.

"Tratando todos por igual, avançando com ambição, mas sem a temeridade de termos um dia voltar a pôr em causa aquilo que tem de ser irreversível porque o grande fator de confiança que os nossos cidadãos hoje têm é que não só fomos capazes de cumprir o que prometemos como somos capazes de garantir que tudo cumprimos", respondeu António Costa.

O primeiro-ministro lembrou ainda que o que consta dos acordos com o PCP, BE e PEV era o descongelamento a partir de 01 de janeiro de 2018 e esse descongelamento existiu.

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