Recursos públicos devem ser usados "sabiamente"
O ministro das Finanças sublinhou hoje a necessidade de os recursos públicos serem usados "sabiamente" para que "nenhum investimento crítico" fique para segundo plano, mas também lembrou que nem sempre, na Administração pública, a restrição é financeira.
© Reuters
Economia Centeno
Mário Centeno falava na sessão de abertura da conferência "Agenda 2030: Uma agenda de inovação na gestão pública", organizada pelo INA - Direção-Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas e pela Fundação Calouste Gulbenkian com o objetivo de debater o contributo da Administração Pública para a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
"A Agenda 2030 exige-nos responsabilidade pela utilização de todos os recursos do planeta. Por isso, é também uma agenda de eficiência e de inovação na gestão. Temos que utilizar sabiamente os recursos públicos, para que nenhum investimento crítico fique para segundo plano", referiu o ministro das Finanças.
Falando perante um auditório cheio, Mário Centeno precisou que "os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável representam, pois, uma mudança de paradigma de gestão que deve passar a integrar o léxico de quem pensa e age na Administração Pública. Uma mudança com reflexos concretos nas práticas do dia-a-dia em contexto laboral, no desenho de políticas públicas robustas e inovadoras e nos modelos de governação que as tornam exequíveis. Nem sempre na Administração Pública a restrição é financeira".
"Os líderes políticos e organizacionais são convocados a encontrar soluções à altura destes desafios. Políticas que acompanhem o crescimento demográfico e o envelhecimento populacional, a escassez de recursos e a sustentabilidade económica. Medidas que reduzam o impacto das alterações climáticas. Medidas que reduzam os riscos associados aos avanços tecnológicos, nomeadamente em matéria de segurança e inclusão", afirmou ainda Mário Centeno.
O ministro das Finanças elencou algumas das medidas de valorização da Administração Pública que foram tomadas ao longo desta legislatura, como a reposição de rendimentos e do horário de trabalho das 35 horas semanais ou o programa de regularização de vínculos precários, reconhecendo, porém, que há "certamente ainda muitos passos para dar".
"[...] Sabemos que a criação de capacidade é um processo que nunca termina. Mas também sabemos que os passos que são dados têm um valor que deve ser sublinhado, pois corresponde a um investimento coletivo e a um exigente desafio de realizar e concretizar opções que só são possíveis com o conhecimento, a vontade e a determinação da própria Administração Pública", disse ainda o governante.
No compromisso coletivo assumido por Portugal de atingir os objetivos e metas aprovados nas Nações Unidas para um futuro sustentável para todos, a Administração Pública assume-se, referiu Mário Centeno, como "um agente transformador da maior importância", porque "assume o duplo papel de catalisador e de promotor através das políticas públicas que desenvolve".
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