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Gestores de água para rega defendem aposta da UE na produtividade

As entidades gestoras de água para rega defenderam hoje que a produtividade económica da água "deve ser prioridade" nos futuros apoios da Política Agrícola Comum (PAC), para "defender o futuro da agricultura de regadio" na União Europeia.

Gestores de água para rega defendem aposta da UE na produtividade
Notícias ao Minuto

11:00 - 10/05/19 por Lusa

Economia PAC

"Num momento em que se discute o futuro da PAC e se aproximam as eleições para o Parlamento Europeu, os países do Sul da Europa devem concertar posições para defender o futuro da agricultura de regadio na União Europeia, essencial à produção de alimentos a preços competitivos, à fixação das populações no território e à proteção do ambiente", sustenta a Federação Nacional dos Regantes de Portugal (Fenareg) em comunicado.

Para a federação, que agrupa entidades dedicadas à gestão da água para rega, tanto superficial como subterrânea, as futuras políticas europeias de apoio ao investimento em regadio "devem incentivar os agricultores a atingir metas ainda mais ambiciosas de eficiência do uso da água e não centrar os esforços no 'corte cego' do uso da água em agricultura".

"Por exemplo, em Portugal a produtividade da água na agricultura aumentou 70% nas últimas décadas, graças à utilização de novas tecnologias de rega e à modernização das infraestruturas de regadio, sendo crucial que a PAC continue a apoiar a agricultura de regadio rumo à eficiência do uso da água e da energia", refere.

Neste sentido, a Fenareg defende que a PAC para o período 2021-2027, nomeadamente os apoios do Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural (FEADER), deve "apoiar investimentos com base no aumento da produtividade económica da água (produzir mais quilogramas de determinada cultura agrícola com o mesmo volume de água) e não com base na poupança de água obtida, conforme defende a atual proposta da Comissão Europeia".

É que, alerta, esta proposta "exige aos agricultores que reduzam o volume de água de rega para pelo menos 50% do potencial de poupança, o que pode originar quebras da produção agrícola".

Também defendido pela federação é o apoio aos investimentos "que garantam o aumento dos níveis de eficiência do uso da água e não uma redução nos volumes de água utilizados", advertindo que "esta restrição proposta pela Comissão Europeia limita o acesso aos apoios para modernização de aproveitamentos hidroagrícolas e para construção de novos empreendimentos de regadio, ambos essenciais ao desenvolvimento do regadio em Portugal e no Sul da Europa".

Para a Fenareg, impõe-se ainda "considerar a eficiência do binómio água-energia, uma vez que os sistemas de rega de precisão são mais eficientes no consumo de água, mas requerem maior consumo de energia".

"Estas medidas estão contempladas num estudo abrangente que a Fenareg encomendou, visando dar o seu contributo para a definição de uma Estratégia Nacional para o Regadio em Portugal", refere, adiantando que este documento vai ser apresentado "em breve" aos candidatos portugueses ao Parlamento Europeu e estima que serão necessários 1.700 milhões de euros de investimento no setor do regadio em Portugal até 2027.

Fundada em 2005, a Fenareg diz contar atualmente com 27 associados que representam cerca de 25 mil agricultores regantes e mais de 90% do regadio organizado nacional.

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