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ANTRAM e Fectrans iniciam novas negociações. "Há condições para evoluir"

A Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e a Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) iniciaram hoje um novo processo negocial confiantes de que "há condições para evoluir" no setor.

ANTRAM e Fectrans iniciam novas negociações. "Há condições para evoluir"
Notícias ao Minuto

12:07 - 03/05/19 por Lusa

Economia Contrato

Segundo José Manuel Oliveira, da Fectrans, que falava aos jornalistas no final da reunião com a ANTRAM, este foi o primeiro encontro para marcar o início de um novo processo negocial com vista à revisão de alguns aspetos contratuais relativos ao contrato coletivo de trabalho assinado em setembro do ano passado.

"A partir de outubro entrarão em vigor novos valores salariais nas diversas rubricas remuneratórias. É nesse tempo que temos para trabalhar. Cremos que há condições para evoluir", disse o sindicalista, escusando-se nesta altura a avançar quais serão os valores de atualização que irão propor à ANTRAM nas próximas reuniões.

"Atualmente existe uma tabela composta por quatro rubricas com valor mínimo garantido de 900 euros e é a partir daí que vamos trabalhar", disse o responsável.

Os sindicatos chamaram, no entanto, à atenção para a necessidade de o Governo desempenhar a sua função de fiscalização, nomeadamente através da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e a Segurança Social.

"Não podemos admitir impunidade", disse José Manuel Oliveira.

O presidente da ANTRAM, Gustavo Paulo Duarte, que também falou aos jornalistas, valorizou o processo negocial e sublinhou o caminho que o setor está a seguir de "melhorar as condições laborais".

"Há pouca gente a querer vir trabalhar para este setor. O caminho é melhorar as condições de trabalho", disse.

As reuniões entre as duas estruturas do setor passarão a ser quinzenais, estando a próxima agendada para dia 23 de maio.

Questionado sobre a ameaça de nova greve por parte do Sindicato dos Motoristas de Matérias Perigosas (SMMP), Gustavo Paulo Duarte lamentou que a greve esteja a ser utilizada "como forma de pressão" quando, no seu entender, deveria ser "o último reduto" quando a negociação falha.

Na terça-feira a ANTRAM irá reunir-se com o SMMP - criado no final do ano passado e que em abril parou o país durante três dias ao esgotar os 'stocks' de combustível em vários postos de abastecimento por todo o país - no ministério das Infraestruturas, mas avisou que a economia não está preparada para as reivindicações salariais do sindicato, que exige um salário base de 1.200 euros para o setor.

"Não existem motoristas de primeira e de segunda e estes motoristas têm já um subsídio de risco, de cerca de 7,5 euros por ida, 150 euros por mês", disse Gustavo Paulo Duarte, escusando-se a avançar mais sobre este assunto por estar obrigado a um dever de relativamente aos assuntos sobre a mesa.

"O que está a ser reivindicado nem na Alemanha é pago. Em Portugal não existe esta realidade", disse ainda Gustavo Paulo Duarte, garantindo que a ANTRAM vai seguir o caminho da via negocial e da "a melhoria das condições para todos".

"Só para compararmos, os militares que escoltaram os camiões durante a greve e que são os mesmos que entram naqueles bairros perigosos ganham metade deste subsídio de risco", disse ainda.

O Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM) também se irá reunir com a ANTRAM a 13 de maio.

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