Pagar dividendos ao Estado faz parte da "normalização" da CGD
O presidente executivo da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Paulo Macedo, considerou hoje que a distribuição de dividendos ao Estado faz parte da normalização da atividade do banco público.
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Economia Paulo Macedo
"A distribuição de dividendos é um dos fatores, entre outros, que consideramos necessário para a normalização da atividade do banco", disse Paulo Macedo em Lisboa, na conferência de imprensa de apresentação de resultados do primeiro trimestre da CGD, período no qual o banco teve lucros de 126,1 milhões de euros (mais 85% do que no mesmo período do ano anterior).
Segundo Paulo Macedo, mesmo depois de pagar dividendos ao único acionista (o Estado), a CGD fica confortável em termos de rácios de capital (que servem para avaliar a solvabilidade do banco).
No Relatório de Gestão e Contas da CGD referente a 2018, divulgado na terça-feira à noite na Comissão do Mercado e Valores Mobiliários (CMVM), o banco detido na totalidade pelo Estado indica que reservou 200 milhões de euros para dividendos a entregar ao Estado, tendo já obtido para isso autorização das entidades competentes.
Essa proposta será votada na assembleia-geral anual, que se realiza no final deste mês.
No princípio de fevereiro, a CGD apresentou lucros consolidados de 496 milhões de euros em 2018, bem acima dos 51,9 milhões de euros registados em 2017, sendo o segundo ano consecutivo de lucros, depois de entre 2011 e 2016 os prejuízos acumulados terem superado os 3.800 milhões de euros.
A última vez que a CGD pagou dividendos ao Estado foi em 2010.
Em outubro do ano passado, o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, disse em entrevista ao Jornal Económico que o Governo esperava conseguir em 2019 cerca de 200 milhões de euros com os dividendos da Caixa Geral de Depósitos, valor que Paulo Macedo considerou "plausível" uns dias depois.
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