Reunião de Banco central dos EUA deve deixar taxas de juro inalteradas
O banco central norte-americano inicia hoje uma reunião de dois dias e deve manter as taxas de juro nos níveis atuais, numa altura em que a Casa Branca pressiona para reclamar juros mais baixos.
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Numa alteração da sua política monetária em março, a Reserva Federal (Fed) suspendeu a subida gradual das taxas de juro e a redução da sua carteira de ativos, devido à incerteza sobre a evolução da economia norte-americana, com a inflação mais fraca.
As taxas de juro de referência, que influenciam todos os outros tipos de crédito, estão atualmente entre 2,25% e 2,5% e a Fed não prevê aumentá-las este ano.
Mas a pausa nas subidas não parece suficiente para a Casa Branca, que tem vindo a reclamar uma política monetária mais acomodatícia.
"Pessoalmente, creio que a Fed devia baixar as taxas de juro", afirmou no início de abril o presidente norte-americano, Donald Trump, sublinhando que a "inflação está baixa".
Um novo elemento de incerteza surgiu na passada sexta-feira, quando foi anunciado que a economia dos Estados Unidos cresceu a um ritmo anual de 3,2% no primeiro trimestre, valor que superou as estimativas dos analistas, que antecipavam um crescimento de 2,3%.
As previsões do banco central apontam para um crescimento de 2,1% em 2019, abaixo do registado em 2018.
Vários economistas consideram, no entanto, que o nível de crescimento verificado no início do ano se deve essencialmente a uma acumulação de 'stocks', situação que não se repetirá.
Jerome Powell, presidente da Fed, dará uma conferência de imprensa na quarta-feira às 19h30 (hora de Lisboa), após a publicação de um comunicado com as principais decisões do banco central.
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