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China e EUA iniciam mais uma ronda de negociações sobre guerra comercial

As próximas duas semanas podem ser decisivas para a evolução da guerra comercial entre os EUA e a China, com encontros entre ambas as delegações em Pequim, a partir de terça-feira, e em Washington, a partir de dia 8.

China e EUA iniciam mais uma ronda de negociações sobre guerra comercial
Notícias ao Minuto

16:29 - 29/04/19 por Lusa

Economia Tensão

O secretário de Estado do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, parte hoje para Pequim para uma ronda de negociações que pode ser decisiva para o conflito comercial que há dois anos separa a China dos EUA.

Na comitiva de Mnunchin segue Robert E. Lighthizer, o negociador-chefe norte-americano escolhido pelo presidente Donald Trump para lidar com as divergências com a China, na primeira mão de mais uma ronda que terá desfecho na próxima semana, com a ida da comitiva chinesa a Washington.

Donald Trump, na passada semana, referiu-se às negociações entre os dois países, dizendo que estavam a "correr muito bem", mas continua a dizer que os EUA poderão abandonar a mesa se Lighthizer não conseguir obter o que pretende.

O negociador-chefe norte-americano que parte hoje para Pequim tem sido um dos mais duros obstáculos para a delegação chinesa, tendo sido responsabilizado pela escalada de taxas de importação que os EUA têm colocado a milhões de dólares de produtos chineses, nos últimos meses.

Mas Trump mostrou-se otimista sobre a evolução das conversas entre as comitivas e disse mesmo que espera que um acordo seja assinado durante uma próxima visita do Presidente chinês, Xi Jinping, à Casa Branca, esperada para os próximos meses.

Do lado chinês, os sinais sobre a evolução do processo são escassos, mas o governo da China não escondeu o seu protesto pelo facto de os EUA terem terminado o prazo de isenção de sanções pela compra de petróleo iraniano.

"A China consistentemente opõe-se às sanções unilaterais dos Estados Unidos", afirmou Geng Shuang, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, em reação à decisão sobre o petróleo iraniano, anunciada na semana passada por Donald Trump.

Esta declaração foi lida, na comitiva norte-americana de negociações sobre a guerra comercial, como um sinal de firmeza chinesa que poderá influenciar o rumo da relação entre os dois países.

Terça-feira, Mnunchin e Lighthizer reúnem com o vice-primeiro-ministro chinês, Liu He, e na agenda estão alguns dos pontos mais difíceis das negociações, nomeadamente as questões relacionadas com a propriedade intelectual e a transferência forçada de tecnologias, de acordo com um comunicado divulgado na passada semana pela Casa Branca.

Na passada sexta-feira, Xi Jinping gastou uma parte importante de um discurso perante líderes mundiais falando sobre as reformas domésticas, assegurando que terá em conta uma revisão dos processos de direitos de propriedade intelectual e garantindo que permitirá uma maior abertura a investimento estrangeiro.

As palavras de Xi aconteceram no dia seguinte a Donald Trump ter anunciado que o presidente chinês deveria visitar a Casa Branca no próximo verão, dizendo que contava com a hipótese, nessa altura, da assinatura de um acordo comercial.

Trump disse que colocara na comitiva norte-americana que hoje parte para Pequim três missões: garantir maior proteção de propriedade intelectual; exigir à China que compre mais produtos dos EUA; e impedir que a China de obrigar empresas norte-americanas a transferir tecnologia aos parceiros chineses.

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