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Japão quer continuar a ser "principal parceiro" da UE na Ásia

O Japão reafirmou hoje, em Bruxelas, parcerias com a União Europeia (UE) para continuar a ser "o principal parceiro" na Ásia, em áreas como o comércio e a cibersegurança, hoje ameaçadas pelas novas tecnologias e pelo protecionismo económico.

Japão quer continuar a ser "principal parceiro" da UE na Ásia
Notícias ao Minuto

22:06 - 25/04/19 por Lusa

Economia Bruxelas

"O Japão é e vai continuar a ser o principal parceiro da UE na Ásia. Devido ao passado e à tradição, mas também por causa dos desafios futuros", declarou o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que falava em conferência de imprensa, em Bruxelas, após a cimeira UE-Japão.

O responsável considerou que a UE e o Japão demonstraram hoje ser "muito leais" e estar "lado a lado" a nível económico, e recordou, nesse âmbito, a entrada em vigor em fevereiro passado do "maior acordo comercial do mundo", isto é, o Acordo de Parceria Económica (EPA, sigla em inglês) UE-Japão.

Para o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, que também falava na ocasião, este acordo mostra que a parceria UE e o Japão "está no caminho certo", desde logo por juntar "duas economias que representam um terço do PIB [Produto Interno Bruto] mundial".

De acordo com o presidente do executivo comunitário, o EPA vai permitir que "99% das tarifas existentes [entre os dois mercados] desapareçam", num total de "mil milhões de euros abolidos".

Em representação do Japão esteve o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, para quem "a relação entre o Japão e a UE está a aprofundar-se cada vez mais", segundo disse aos jornalistas.

Shinzo Abe vincou que o EPA cria "um sistema mundial de comércio livre" que se opõe às "tendências de protecionismo" vindas dos Estados Unidos e da China.

"Os consumidores japoneses vão sentir que os produtos europeus estão mais perto e espero que, da mesma forma, os cidadãos europeus se sintam mais próximos do Japão", referiu.

Outra das áreas em foco na cimeira foi a da cibersegurança, nomeadamente relativa às redes móveis de quinta geração (5G), que têm estado envoltas em polémica pelas suspeitas de espionagem vindas da China, concretamente sobre a fabricante chinesa Huawei.

Numa declaração conjunta divulgada após o encontro, a UE e o Japão "reafirmam o seu forte apoio a um ciberespaço aberto, livre, estável, acessível, interoperável, confiável e seguro", comprometendo-se a tomar "medidas concretas -- individuais e coletivas -- para aumentar a confiança mútua em relação à segurança dos dados".

Questionado na conferência de imprensa sobre a ameaça chinesa no 5G, Shinzo Abe sublinhou que na cimeira "não foram abordados países ou produtos específicos", mas sim a criação de "ações coordenadas" para a cibersegurança.

Sobre esta questão, Jean-Claude Juncker reiterou que "a UE é um mercado aberto a todos os que respeitarem as regras", rejeitando que se esteja "a discriminar alguém que vem da Huawei ou da China".

No seu discurso, Donald Tusk destacou ainda que foram ainda discutidas na cimeira "ameaças à paz e estabilidade" mundial, apontando desde logo que os ataques no Sri Lanka foram "um lembrete" de que o terrorismo "afeta todos" e, por isso, deve "ser combatido em conjunto".

O responsável realçou ainda que a UE e o Japão se comprometeram a continuar a defender "a independência, integridade territorial e soberania da Ucrânia", perante as ameaças russas, e a cumprir o acordo nuclear com o Irão, apesar das medidas norte-americanas.

A cimeira de hoje serviu ainda para preparar a reunião do G20, que ocorre, pela primeira vez, no Japão, em Osaka, a 28 e 29 de junho.

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