Num comunicado enviado às redações, o partido indica que o seu líder, Carlos Guimarães Pinto, anunciou que "mesmo que venha a ter direito a essa subvenção, recusará recebê-la", alegando que, "com a lei atual, a subvenção para campanhas eleitorais não só é excessivamente elevada, como não serve o objetivo de divulgação da mensagem política e contribui para desequilibrar ainda mais o campo eleitoral para o lado dos partidos de regime".
"Mesmo em caso de eleição, a Iniciativa Liberal recusará qualquer subvenção de campanha", lê-se na nota divulgada hoje.
O partido indica que a "lei do financiamento dos partidos foi desenhada para uma realidade diferente de quando o acesso à informação era bastante mais difícil do que é hoje".
Por isso, é referido, "numa altura em que 75% das pessoas têm acesso à internet, e virtualmente toda a população tem acesso a televisão, pensar que financiar comícios, jantares e brindes é essencial à democracia, é uma ficção criada para que os partidos políticos continuem a distribuir benesses entre os seus seguidores à custa dos contribuintes".
Citando o presidente da Iniciativa Liberal, no comunicado é referido que, "no caso das subvenções de campanha, o roubo ao contribuinte é tão descarado que só há um caminho possível".
Esse caminho, para Carlos Guimarães Pinto, passa por "não aceitar receber um euro de subvenção de campanha e lutar por mudar a lei".
"Enquanto for presidente do partido Iniciativa Liberal não aceitaremos um euro de subvenção de campanha. Até a lei mudar e acabar com esta imoralidade, é fundamental não ser conivente com ela", sublinha o líder do partido.
Para as eleições ao Parlamento Europeu, marcadas para o dia 26 de maio, a Iniciativa Liberal apresentou um orçamento de 28 mil euros.