Administração da Lusa mantém subsídio de transporte durante negociações
A administração da agência Lusa comunicou hoje aos trabalhadores que irá afinal manter o valor atual do subsídio de transporte "enquanto decorrerem as negociações" sobre o acordo empresa.
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Economia Acordo
A decisão foi comunicada após o plenário realizado esta tarde na sede da Lusa, em Lisboa.
"Depois da sessão de esclarecimento que decorreu esta tarde nas instalações da Lusa e tendo em conta a necessidade de se avançar rapidamente e de boa fé nas negociações entre a administração e os sindicatos relativamente às presentes questões que decorrem do Acordo de Empresa, o Conselho de Administração, representado pelo seu membro executivo, decidiu manter em vigor o atual valor do subsídio de transporte enquanto decorrerem as negociações", avançou a administração.
De acordo com a mesma nota, a administração presidida por Nicolau Santos assegura que "no ordenado de abril serão processados os salários com o subsídio de transporte de 69,65 euros".
O plenário ocorreu depois de os trabalhadores da Lusa se terem manifestado "negativamente surpreendidos" pela decisão da administração de cortar o subsídio de transporte em quase 30 euros, na sequência das novas regras sobre o preço dos passes sociais na área metropolitana de Lisboa.
Em causa está o Programa de Apoio à Redução Tarifária (PART), segundo o qual o valor do passe mais elevado para os transportes públicos passou a ser de 40 euros.
Segundo o acordo empresa da Lusa, "os trabalhadores têm direito a subsídio de transporte no valor correspondente ao que vigorar para o passe social da modalidade L123, ou equivalente, da região de Lisboa".
O valor do passe referido no Acordo de Empresa corresponde, atualmente, ao pagamento de 69,65 euros por mês aos trabalhadores da agência de notícias.
Agora, também em comunicado, a Comissão de Trabalhadores (CT) da Lusa considerou "positiva a decisão desta tarde da administração e espera que seja mantido, de futuro, o valor do subsídio de transporte de 69,65 euros e não apenas no pagamento dos salários do mês de abril".
De acordo com os representantes dos trabalhadores, "o próprio presidente do Conselho de Administração referiu hoje" durante a reunião, que "o valor que seria cortado - significativo para cada trabalhador - não resolve os problemas financeiros da agência".
A CT disse ainda que espera que esta decisão "seja, de facto, um ponto de partida para uma negociação de boa-fé e efetiva que compense os trabalhadores pelo incumprimento, nos últimos anos, do Acordo de Empresa e pela acentuada perda de poder de compra".
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