Banco de Inglaterra contrata "caça-talentos" para novo governador
O Banco de Inglaterra contratou uma empresa de "caça-talentos", ou seja, de recrutamento, para encontrar o novo governador da instituição, que substituirá Mark Carney em janeiro de 2020.
© Reuters
Economia Mark Carney
Segundo a agência Efe, esta é a primeira vez em mais de 300 anos que o organismo recorre a uma empresa de recrutamento para contratar o novo governador.
A descrição do cargo, colocada na página da Internet das ofertas de empregos no setor público, detalha que a remuneração atinge as 480 mil libras (mais de 550 mil euros) por ano, um valor que se mantém desde 2013.
Os candidatos devem dar provas da sua "capacidade para liderar uma instituição financeira complexa e poderosa" que lidera comités de política monetária, financeira e de regulação prudencial.
Os interessados no cargo podem apresentar a sua candidatura até ao dia 05 de junho, altura em que começarão as entrevistas. O escolhido será anunciado no outono.
O ministro da economia britânico, Philip Hammond, disse hoje em comunicado que "encontrar um candidato com as aptidões corretas e experiência para liderar o Banco de Inglaterra é vital para assegurar a força da economia e manter a posição do Reino Unido como líder global em finanças".
O atual detentor do cargo, o canadiano Mark Carney, foi o primeiro estrangeiro a ocupar o lugar, onde se mantém desde 2013, depois de estar vários anos à frente do Banco do Canadá.
O cargo de governador do Banco de Inglaterra tem uma duração de oito anos, sendo que Carney acordou um prazo de cinco, com a opção de mais três. No entanto, depois do referendo em que os britânicos escolheram sair da União Europeia (UE), Carney acedeu a prolongar por um ano, até junho deste ano.
No entanto, em setembro de 2018 concordou ficar até janeiro de 2020, para, de acordo com Hammond, "assegurar a continuidade durante um período conturbado".
Durante o seu mandato, o Banco de Inglaterra reduziu as taxas de juro para mínimos históricos, ainda que depois tenha subido duas vezes. As flutuações estão relacionadas, sobretudo, com o Brexit.
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