Volume de negócios da construção aumentou 11% em 2017
O volume de negócios do setor da construção aumentou 11% em 2017, face ao período homólogo, atingindo os 19 mil milhões de euros, "após seis anos a decrescer", segundo avançou o Banco de Portugal (BdP).
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Economia BdP
Numa nota de análise a este segmento da economia nacional, o organismo concluiu que, em 2017, o número de empresas e a sua situação financeira estabilizaram.
Assim, o "setor da construção representava 10% das empresas em Portugal (45 mil empresas), 9% das pessoas ao serviço (253 mil pessoas) e 5% do volume de negócios", indicou o BdP.
O aumento do volume de negócios foi de 14% nas pequenas e médias empresas, 11% nas microempresas e 5% nas grandes empresas.
A construção de edifícios registou o maior crescimento do volume de negócios (15%) e o maior contributo para a variação registada no setor como um todo (7 p.p.), adiantou a entidade.
O aumento do mercado interno foi determinante para a 'performance' da faturação das empresas. "Ainda assim, 19% do volume de negócios teve origem no mercado externo", referiu.
"O número de empresas em atividade no setor estabilizou entre 2016 e 2017 (aumento de 1,7% no total das empresas), pelo que o peso do setor no total das empresas diminuiu 0,2 pontos percentuais (p.p.)", lê-se na mesma nota.
O BdP concluiu também que "em 2017, 88% das empresas do setor eram microempresas", face a 89% no total das empresas nacionais.
Estas sociedades "representavam 25% do volume de negócios e 34% das pessoas ao serviço do setor (16% e 26%, respetivamente, no total das empresas)", adiantou a instituição.
A maior parcela do volume de negócios, 54%, cabia às pequenas e médias empresas, que contavam com 52% das pessoas ao serviço.
Já as grandes empresas "eram responsáveis por 21% do volume de negócios e 14% das pessoas ao serviço do setor, valores abaixo dos registados no total das empresas (42% e 29%, respetivamente)", detalhou o BdP.
As pequenas e médias empresas assumiam maior relevância na construção de edifícios e nas atividades especializadas, sendo que o peso das grandes empresas na engenharia civil era elevado no período em análise, com 47% do volume de negócios e 45% dos trabalhadores.
Em 2017, apontou o BdP, "a construção de edifícios era o segmento mais relevante ao representar 59% das empresas, 47% do volume de negócios e 46% das pessoas ao serviço do setor".
A região Norte era responsável por 40% do volume de negócios do setor, seguida da área metropolitana de Lisboa (34%).
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) do setor da construção aumentou 1% em 2017 e a rendibilidade dos capitais próprios "foi de 2% em 2017, menos 7 p.p. do que o valor registado para o total das empresas" nacionais, segundo os mesmos dados.
Por sua vez, o rácio de autonomia financeira "aumentou 2 p.p. entre 2016 e 2017, para 28%, mantendo-se abaixo do valor verificado para o total das empresas (33%)".
O passivo da construção diminuiu 5% em 2017, face a um aumento de 2% no total.
Os gastos de financiamento do setor da construção diminuíram 17%, o que, conjugado com a subida do EBITDA, significa "uma redução da pressão financeira" para as empresas de construção.
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