Segundo o banco central, a taxa oficial de câmbio passou de 3.753,41 BsS por euro em 12 de abril último para cotar-se no dia de hoje a 5.856,24 BsS.
A desvalorização da moeda ocorre num momento em que os venezuelanos se queixam dos altos preços dos produtos no país e que o salário mínimo dos trabalhadores é insuficiente para cobrir necessidades fundamentais.
Dados divulgados recentemente pelo Centro de Documentação e Análise Social da Federação Venezuelana de Professores dão conta de que em março último um trabalhador necessitava de 138,4 salários mínimos para cobrir as necessidades básicas de uma família de quatro elementos.
Em março, o custo do cabaz básico alimentar mensal era de 2.941.159,29 bolívares soberanos (27,2% mais que no mês anterior), o que equivale a 502,22 euros. No entanto, o salário mínimo dos venezuelanos é de 18 mil bolívares soberanos mensais, isto é, 3,07 euros.
Segundo o Centro de Documentação e Análise Social da Federação Venezuelana de Professores, num mês as rendas subiram em média 143,4% na Venezuela, o vestuário e o calçado 62,7%, os serviços públicos 31,7%, os artigos de higiene pessoal e de casa 31%, os alimentos 22,2%, a educação 16% e a saúde 10,1%.
