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EUA: Boicote ao petróleo iraniano é essencial à paz no Médio Oriente

Os EUA consideram o bloqueio total às exportações de petróleo do Irão "a forma mais expedita para assegurar a paz no Médio Oriente", explicou hoje um assessor diplomata norte-americano.

EUA: Boicote ao petróleo iraniano é essencial à paz no Médio Oriente
Notícias ao Minuto

16:36 - 23/04/19 por Lusa

Economia Pressão

Brian Hook, conselheiro sénior do secretário de Estado, Mike Pompeo, e representante especial norte-americano para o Irão, afirmou hoje numa conferência telefónica que os EUA já conseguiram retirar 10 mil milhões de dólares (cerca de nove mil milhões de euros) de receitas ao Estado iraniano, desde que impuseram sanções às importações de petróleo desse país árabe, em maio passado.

"Esse dinheiro serviria para financiar a produção de mísseis nucleares e para financiar ações de terrorismo", afirmou Brian Hook, para justificar a medida de terminar o período de isenções às sanções de importação de petróleo iraniano, de que beneficiavam oito países, incluindo grandes importadores, como a China, o Japão e a Turquia.

Na segunda-feira, o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou que não prolongaria esse regime de exceção e que, a partir de 02 de maio, os norte-americanos passarão a aplicar sanções a todas as empresas e países que pretendam comprar petróleo ao Irão.

"Não pode haver paz no Médio Oriente enquanto o Irão se comportar como um regime revolucionário", disse Brian Hook, para explicar a necessidade urgente de cortar a principal linha de receitas daquele país.

Hook disse que as isenções às sanções impostas em maio tiveram como único fim criar um período de adaptação a grandes países importadores, por forma a que eles encontrassem meios alternativos de obtenção de petróleo.

"Não quisemos criar volatilidade no mercado mundial de petróleo", explicou o assessor de Mike Pompeo, o secretário de Estado norte-americano que segunda-feira legitimou o fim desse período de isenções com o facto de os EUA terem negociado com os países exportadores de petróleo garantias de aumento de produção de barris de crude.

Na conferência telefónica com jornalistas, ao lado de Brian Hook, esteve também Francis Fannon, secretário adjunto do Departamento de Recursos Energéticos dos EUA, que corroborou a versão de que estão criadas as condições para que o mercado mundial de petróleo não sofra o impacto destas sanções ao Irão.

"O nosso alvo é o regime iraniano, não os importadores de petróleo do Irão. Por isso, queremos que eles encontrem soluções alternativas viáveis, para que não haja instabilidade nos mercados", disse Francis Fannon.

O governo dos EUA promete sancionar todos aqueles que preferirem negociar com o Irão de que aceitar as regras norte-americanas, tendo em conta o fim pretendido que é evitar o financiamento de movimentos terroristas, disse Brian Hook.

Para Hook, a escolha é simples: "Ou querem negociar com o Irão ou querem negociar com os EUA, mas não podem ter as duas coisas".

Questionado sobre as eventuais respostas do executivo iraniano a este apertar de sanções norte-americanas, Hook disse que o seu governo está habituado às chantagens de Teerão.

"Muitas vezes eles já ameaçaram fechar o estreito de Ormuz. Eles gostam de fazer ameaças, mas já estamos habituados a elas", disse Hook, acrescentando que o Irão é um "regime fora da lei", que prefere jogar fora dos tabuleiros diplomáticos.

Questionado sobre o impacto das sanções na Turquia, um país muito dependente do petróleo iraniano e um membro da NATO, Hook disse que os EUA já tinham encontrado soluções alternativas, nomeadamente junto do mercado petrolífero iraquiano, para além de terem obtido garantias de aumento de produção de grandes exportadores como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

Sobre a resposta da China à decisão de finalizar o regime de exceção às sanções, Hook foi mais cauteloso e recusou-se mesmo a dizer que medidas os EUA aplicarão a empresas chinesas que não cumpram o embargo ao petróleo iraniano.

"Apenas posso garantir que sancionaremos as ações que forem sancionáveis", afirmou Hook, rejeitando sempre dizer se haveria sanções diretas às empresas chinesas que têm comprado petróleo no mercado iraniano.

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