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Combustíveis: Garantidos serviços mínimos, mas greve mantém-se

Sindicato e transportadoras concordaram esta noite sobre os serviços mínimos na greve dos motoristas de matérias perigosas, mas a greve mantém-se e sem fim à vista.

Combustíveis: Garantidos serviços mínimos, mas greve mantém-se
Notícias ao Minuto

00:44 - 17/04/19 por Lusa

Economia Acordo

Depois de uma reunião entre o Governo, a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e o Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), em Lisboa, os dois lados mostraram estar completamente em desacordo para um final da greve.

Gustavo Duarte, presidente da ANTRAM, reafirmou que não negoceia em contexto de greve e que está disposto ao diálogo, mas só se o sindicato desconvocar a greve.

Pedro Henriques, vice-presidente do SNMMP, garantiu que está disposto ao diálogo e que a ANTRAM se manifestou disponível para o fazer, na reunião desta noite.

Confrontado pelos jornalistas com as declarações minutos antes de Gustavo Duarte (de recusa ao diálogo em tempo de greve), o sindicalista disse que não foi isso que foi dito na reunião e assegurou que "até se reunirem, a greve continuará e o estado critico irá aumentar".

A ANTRAM, disse antes Gustavo Duarte, "sempre esteve disposta à negociação".

O presidente da associação adiantou que não se pode prejudicar os que querem trabalhar, "o que parece que tem acontecido nos últimos dias", e que "ninguém é insubstituível".

"Ninguém é insubstituível, se não há trabalhadores há militares, há alternativas para fazer o mesmo trabalho e há muita gente (dos profissionais do setor) que quer trabalhar", avisou.

Pedro Henriques responderia que não faz sentido a ANTRAM dizer que só dialoga sem greve, porque o sindicato está "há 20 anos a tentar negociar e nada aconteceu".

No final da reunião, nas declarações aos jornalistas, as duas partes apenas concordaram na questão dos serviços mínimos, que contemplam entidades como aeroportos ou hospitais, que "vão deixar de ter problemas", ou "grandes centros de consumo", como disse Gustavo Duarte.

Segundo o responsável está contemplado que 30% do volume de combustíveis seja entregue em postos de abastecimento civis.

Pedro Henriques garantiu que os serviços mínimos vão ser cumpridos, mas acrescentou que o problema não se resolve, até porque envolve apenas 40% dos postos de abastecimento e apenas de Lisboa e do Porto, pelo que antecipa "problemas sérios para o resto do país".

Esse acordo é também referido num comunicado do Governo divulgado esta noite, no qual se diz que da reunião resultou "um acordo entre as partes" para que os serviços mínimos sejam assegurados já a partir do início da manhã de hoje.

"A ANTRAM comprometeu-se, para tal, a enviar até às 00:00 de hoje as listas com as escalas de serviço de cada empresa associada e o sindicato comprometeu-se a destacar os trabalhadores que deverão assegurar essa escala", lê-se no comunicado.

A greve dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo SNMM, por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

Os ministros da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética declararam a "situação de alerta" devido à greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, implementando medidas excecionais para garantir os abastecimentos.

O despacho que determina a situação de alerta já foi publicado em Diário da República.

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