BBVA desce previsão de crescimento do PIB português para 1,5%
O BBVA reviu em baixa a previsão de crescimento para a economia portuguesa em 2019, esperando que modere o ritmo de crescimento para "cerca de 1,5%" este ano, 0,3 pontos percentuais abaixo do previsto em janeiro.
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Economia 2019
"Após uma evolução média de 2,1% ao longo de 2018 [face ao ano anterior], o BBVA Research prevê que o PIB [Produto Interno Bruto] português irá moderar o ritmo de crescimento até se situar em cerca de 1,5% em 2019 (menos 3,0 décimas do que anteriormente previsto)", indica o BBVA numa nota de análise divulgada hoje e assinada por Angie Suárez, economista do BBVA para Espanha e Portugal.
Em janeiro o BBVA Research tinha antecipado que a economia portuguesa crescesse 1,8% em 2019, 0,3 pontos percentuais acima da previsão hoje divulgada.
O BBVA explica que "este cenário apresenta-se num contexto de desaceleração da economia global, em particular da europeia, somada à existência de riscos ainda numerosos".
Para o primeiro trimestre de 2019, o BBVA Research prevê que a economia portuguesa tenha crescido cerca de 0,3% face aos três meses anteriores.
"Com base nos dados mais recentes, o BBVA Research prevê que o crescimento intertrimestral médio da economia portuguesa no primeiro trimestre de 2019 se situe em cerca de 0,3% t/t [face ao trimestre anterior]", lê-se na nota de análise.
O BBVA Research justifica que "os sinais extraídos dos indicadores da despesa e do mercado de trabalho correspondentes a 2019 sugerem que o consumo privado terá mantido a sua evolução ao longo do primeiro trimestre do ano".
A nota de análise indica também que "o investimento na habitação mantém o bom andamento", com os dados de janeiro a refletirem um aumento de licenças de construção de 42,5% face ao mesmo período do ano anterior, após a estagnação de dezembro de 2018.
"Em linha com o dinamismo do mercado residencial, os empréstimos hipotecários às famílias voltaram a aumentar em janeiro" (+17,8%) face ao período homólogo, indica ainda o BBVA Research.
Relativamente ao setor externo, a nota de análise refere que as exportações nominais de bens em termos homólogos continuaram a crescer durante os dois primeiros meses do ano, em 4,4% em média, enquanto que o aumento das importações acelerou para 14,7% em média também face ao mesmo período do ano anterior.
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