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Governo contraria Santana. Aeroporto em Alverca "seria um grave atentado"

O secretário de Estado Adjunto e das Comunicações criticou hoje a proposta do presidente da Aliança para localizar o novo aeroporto em Alverca, considerando que "seria um grave atentado" ambiental e "um desastre" financeiro.

Governo contraria Santana. Aeroporto em Alverca "seria um grave atentado"
Notícias ao Minuto

16:52 - 11/04/19 por Lusa

Economia Declarações

Alberto Souto Miranda lembra, em comunicado, que "o país discutiu durante anos" e o Governo estudou o "necessário" e "decidiu fundadamente" a solução que passa pela transformação da base aérea do Montijo, sendo que o avanço das obras "só está dependente" da aprovação pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) que "deve ser entregue" na sexta-feira.

A APA "deve pronunciar-se até outubro, no prazo legal, se não o conseguir fazer antes", assinala o governante, segundo o qual "no Montijo o impacto ambiental será muito mitigado" e "será um aeroporto facilmente acessível por via rodoviária, fluvial e ferroviária e será um dia o grande aeroporto de Lisboa".

"Todos esperamos que a ANA, SA possa começar as obras até ao final do ano", sublinha.

O presidente da Aliança, Pedro Santana Lopes, defendeu na terça-feira que o aeroporto complementar ao de Lisboa deve ficar situado em Alverca e não no Montijo, apontando para "ganhos ambientais e socioeconómicos" para sustentar a posição.

"Não há nenhuma razão que torne o Montijo preferível do que esta solução óbvia que é Alverca. Alverca é a solução mais lógica e racional", afirmou o líder da Aliança.

Para Alberto Miranda, "a ideia de Santana Lopes de localizar o novo Aeroporto em Alverca, nem é uma ideia nova, nem é uma ideia boa", mas sim "uma ideia antiga" que "foi sempre má".

"O Governo não está disponível para brincar à localização de aeroportos, nem para aterrar várias centenas de hectares no Rio Tejo. É um fogacho de campanha eleitoral inconsequente", critica.

Segundo o secretário de Estado, "como a pista de Alverca conflitua com a pista do aeroporto Humberto Delgado em termos de normas de navegação aérea, Santana Lopes quer construir uma nova pista em Alverca, no meio do rio Tejo".

"Ambientalmente seria um grave atentado. Financeiramente seria um desastre. E a capacidade de expansão desse aeroporto penderia da nossa vontade em ir aterrando o rio Tejo", destaca.

A ANA e o Estado assinaram em 08 de janeiro o acordo para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, que prevê um investimento de 1,15 mil milhões de euros até 2028 e inclui a extensão da atual estrutura Humberto Delgado (em Lisboa) e a transformação da base aérea do Montijo.

Em 04 de janeiro, o então ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, assegurou que serão cumpridas integralmente as eventuais medidas de mitigação que venham a ser definidas pelo estudo de impacto ambiental para o aeroporto complementar do Montijo.

O primeiro-ministro, António Costa, também já disse que apenas se aguarda o EIA para ser "irreversível" a solução aeroportuária Portela + Montijo, considerando haver consenso nacional sobre o projeto.

Em 11 de janeiro, António Costa admitiu que "não há plano B" para a construção de um novo aeroporto complementar de Lisboa caso o estudo de impacto ambiental chumbe a localização no Montijo e voltou a garantir que "não haverá aeroporto no Montijo" se o estudo de impacte ambiental não o permitir.

Em 08 de março, a associação ambientalista Zero anunciou que tinha interposto uma ação judicial contra a APA, para que seja efetuada uma Avaliação Ambiental Estratégica ao novo aeroporto do Montijo.

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