Comboios turísticos no Douro e Vouga não vão acabar, garante CP

O presidente da CP garantiu hoje que os comboios turísticos, no Douro e no Vouga, não vão acabar e justificou o seu reajustamento em função da taxa de ocupação e da rendibilidade do produto.

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Lusa
11/04/2019 15:20 ‧ 11/04/2019 por Lusa

Economia

Carlos Nogueira

 

"Temos números de taxas de ocupação e do número de passageiros transportados. Há uma queda acentuada de 2017 para 2018. Em 18, caiu. Em função desse comportamento da procura, houve necessidade de reajustar o modelo. O que é que fizemos? Mantivemos a oferta, quer no Vouga quer no Douro, todos os sábados, no período que vai de junho a outubro", afirmou Carlos Nogueira.

Este responsável falava à margem da cerimónia de apresentação do novo roteiro turístico 'Cultura Sobre Carris', uma parceria estabelecida entre a Câmara de Castelo Branco e a CP - Comboios de Portugal.

Recentemente, a Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) classificou como "escandaloso" o fim do comboio turístico "Miradouro" nesta linha ferroviária e a diminuição das viagens do comboio histórico, e pediu reuniões urgentes à CP e Ministério das Infraestruturas.

Anunciou que vai "exigir reuniões urgentes" à CP e ao ministro das Infraestruturas e da Habitação, frisou que "não aceita o fim do comboio 'Miradouro' e que não aprova a diminuição do número de viagens do comboio histórico no Douro, medidas que trarão graves prejuízos à região, aos operadores turísticos, às empresas e às gentes do Douro".

Carlos Nogueira explicou que uma coisa é serviço público em que a CP tem a missão de transportar os cidadãos por diversas razões e outra coisa é o turismo ferroviário.

"E o turismo ferroviário tem que ser, os projetos têm que ser delineados e geridos de uma forma muito criteriosa. É um exercício que a CP tem que fazer diariamente", sustentou.

O responsável da CP explicou ainda que o comboio do Miradouro foi uma solução encontrada para reforçar a oferta do serviço regional e interregional na linha do Douro.

"Como hoje já temos material circulante para guarnecer aqueles troços, até na sequência da obra que foi concluída e também da eletrificação que vem a seguir, vamos guarnecer a linha com material circulante, não reduzimos de todo a oferta. Pelo contrário, ampliamos a oferta", frisou.

Já em relação aos comboios turísticos, Douro e Vouga, disse que a CP teve que olhar para os números, para as taxas de ocupação e para a rendibilidade do produto, mantendo a oferta de forma redimensionada nos dois casos.

"Se houver procura que justifique a ampliação de oferta, quer no Douro quer no Vouga, a CP tem condições para responder a esse incremento de procura e passaremos a fazer, se for caso disso, olhando para os números, para a procura, olhando para as vendas, alguns comboios também aos domingos, nesse período que vai de junho a outubro. Basicamente é isso", concluiu.

Carlos Nogueira defendeu que os comboios turísticos são para potenciar: "O turismo ferroviário é um bom produto".

 

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