Portugal coloca dívida a 10 anos e paga os juros mais baixos de sempre
Portugal colocou hoje 1.000 milhões de euros, montante máximo anunciado, em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 e 18 anos, com juros a caírem de novo para mínimos de sempre no prazo mais curto, foi anunciado.
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Economia Leilão
Segundo a página do IGCP, agência que gere a dívida pública, na agência Bloomberg, foram colocados 600 milhões de euros em OT com maturidade em 15 de junho de 2029 (cerca de 10 anos) à taxa de juro de 1,143%, um novo mínimo de sempre, abaixo da registada em 13 de março, 1,298%, anterior mínimo histórico.
A procura das OT a 10 anos cifrou-se em 1.367 milhões de euros, 2,28 vezes o montante colocado.
No anterior leilão a dez anos, realizado em 13 de março, Portugal colocou 862 milhões de euros em OT com maturidade em 15 de junho de 2029 (cerca de 10 anos) à taxa de juro de 1,298%, um novo mínimo de sempre, abaixo da registada em 13 de fevereiro, 1,568%.
Em OT com maturidade em 15 de abril de 2037 (cerca de 18 anos) foram colocados hoje 400 milhões de euros à taxa de juro de 1,896%, tendo a procura atingido 732 milhões de euros, 1,83 vezes o montante colocado.
Em relação às OT a 18 anos, o anterior leilão com o prazo mais similar foi o realizado em 13 de fevereiro deste ano, quando Portugal colocou 295 milhões de euros em OT com maturidade em 18 de abril de 2034 (cerca de 15 anos) à taxa de juro de 2,045%, abaixo da do anterior leilão comparável de 11 de julho de 2018 (2,257%).
A procura atingiu 675 milhões de euros, 2,29 vezes o montante colocado.
O IGCP, agência que gere a dívida pública, tinha anunciado para hoje a realização de dois leilões de OT com maturidades em 15 de junho de 2029 (cerca de dez anos) e em 15 de abril de 2037 (cerca de 18 anos) num montante indicativo global entre 750 e 1.000 milhões de euros.
Para o diretor da gestão de ativos do Banco Carregosa, Filipe Silva, "Portugal continua a beneficiar da descida que as taxas da dívida soberana europeia têm tido, com as taxas a 10 anos da dívida soberana alemã em terreno ligeiramente negativo".
"Portugal volta a registar um mínimo histórico no custo que paga para emitir dívida de longo prazo. [...] Estes leilões são bastante importantes para conseguirmos ir reduzindo o custo médio da nossa dívida", referiu.
Filipe Silva defendeu ainda que Portugal continua "a tirar partido da política que tem vindo a ser levada pelo BCE de manter as taxas de juro baixas, com vista a poderem estimular mais a economia e levarem a inflação para o objetivo dos 2%".
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