Associação Têxtil e Vestuário vai apostar na sustentabilidade
A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP) anunciou hoje que a "sustentabilidade" e a "digitalização" são as duas áreas de aposta no próximo plano estratégico da Indústria Têxtil e Vestuário (ITV 2030).
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Economia ATP
O plano estratégico na fileira do têxtil, vestuário e moda para depois de 2020 será "assente essencialmente" nas áreas da "sustentabilidade e da digitalização", além das apostas correntes, como a "internacionalização, inovação tecnológica, qualificação dos quadros", avançou hoje o presidente da ATP, Paulo Vaz, em entrevista telefónica à Lusa.
"Hoje Portugal é considerado um dos países de ponta ao nível do têxtil e da sustentabilidade", porque do ponto de vista da responsabilidade social e ambiental é um país "cumpridor escrupuloso de toda a normativa" na União Europeia, explicou Paulo Vaz.
Ter têxtil e vestuário com a etiqueta 'made in Portugal' é símbolo de "excelência produtiva", "engenharia de produto e de processo", "inovação tecnológica", "criatividade e serviço" e agora "um novo elemento que é a questão da sustentabilidade na qual estamos a fazer um esforço grande de promoção",disse.
"Somos um modelo à escala global", afirmou, observando que as empresas despejam os seus efluentes para um "sistema integrado", "controlado" e "não agressivo do ambiente".
Segundo Paulo Vaz, estão a desenvolver-se um conjunto de técnicas no mundo e em Portugal, inclusive, que vão permitir "reutilizar" aquilo que eram peças de vestuário ou dando-lhe uma nova utilização ou destruindo-as reaproveitando as fibras das quais elas eram feitas, designadamente o algodão, os polyesters.
Mas os processos têm de ser economicamente viáveis.
"Têm de ter uma escala suficiente para que seja economicamente viável. Até porque a sustentabilidade também tem uma vertente económica. Há um caminho ainda grande a ser feito", observou.
O "reforço da digitalização" e uma maior comunicação no setor têxtil e vestuário é outra das aposta da ATP para a próxima década, estando presente nas redes sociais, bem como mais presente no comércio eletrónico e feiras do setor.
"É aí que no futuro a maior parte dos negócios vão ser feitos, sem qualquer tipo de dúvida", declarou.
"Há que estimular os processos de digitalização das empresas (...), mas também a comunicação. Tudo o que é estar em 'market places', estar a criar posicionamento naquilo que são os motores de busca, seja no 'business to business' entre empresas ou lançamento de marcas por esta via", acrescentou.
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