Governos "deixavam correr" alertas, diz ex-presidente do conselho fiscal

O ex-presidente do conselho fiscal da Caixa Geral de Depósitos (CGD) Eduardo Paz Ferreira disse hoje no parlamento que os vários governos "deixavam correr" os alertas que recebiam.

"Este Governo criou dois portuguais: um visível e um maioritário"

© Global Imagens

Lusa
03/04/2019 20:04 ‧ 03/04/2019 por Lusa

Economia

CGD

Questionado pelo deputado do PCP Duarte Alves sobre a reação da tutela aos alertas emitidos pelo conselho fiscal e comissão de auditoria da CGD, Eduardo Paz Ferreira afirmou ser "difícil dar uma resposta segura" sobre o tema, mas considerou que os vários governos não davam uma resposta "muito evidente".

Os governos "teriam uma ideia de 'deixar correr a ver se se aguenta'", considerou o anterior responsável do conselho fiscal do banco público, que está a ser ouvido na segunda comissão parlamentar de inquérito à gestão e recapitalização da CGD, na Assembleia da República, em Lisboa.

Já relativamente à sua relação com os conselhos de administração da Caixa e o acesso a documentos, Eduardo Paz Ferreira declarou que a administração de José de Matos (2011-2015) "tinha a ideia de que a comissão de auditoria não era muito importante na estrutura" do banco.

Eduardo Paz Ferreira referiu que, apesar de "haver menos fluxo" de informação nesse período, a falta de troca de informação "não era sistemática".

O ex-presidente do conselho fiscal referiu que, apesar de "haver menos fluxo" de informação nesse período, a falta de troca de informação "não era sistemática" e leu ainda uma carta dirigida a Fernando Faria de Oliveira, presidente da CGD entre 2007 e 2011, datada de 28 de maio de 2008, em que dava conta de baixas taxas de cobertura de garantias em vários empréstimos.

A missiva foi respondida em 04 de junho do mesmo ano e dava conta do acompanhamento da situação por parte do conselho de administração da CGD.

No entanto, e apesar de referir esta comunicação como bom exemplo, Eduardo Paz Ferreira, que foi também presidente da comissão de auditoria entre 2011 e 2015, apontou um período em que houve "alguma perturbação na velocidade de resposta", uma vez que Norberto Rosa que, segundo Paz Ferreira era o "interlocutor" entre os conselhos fiscal e de administração, "foi deslocado para o BPN".

 

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