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Impactos regulatórios podem levar Altice a perder cerca de 40 milhões

O presidente executivo da Altice Portugal, Alexandre Fonseca, disse hoje que o impacto das medidas regulatórias poderá levar a dona da Meo a perder cerca de 40 milhões de euros em receitas em dois anos.

Impactos regulatórios podem levar Altice a perder cerca de 40 milhões
Notícias ao Minuto

10:07 - 29/03/19 por Lusa

Economia Presidentes

Num encontro com jornalistas, em Lisboa, o presidente da dona da Meo adiantou que a Altice Portugal registou perdas de receitas de cerca de 17 milhões de euros no ano passado devido a medidas regulatórias.

No ano passado, houve cerca de "17 milhões de euros da receita que se evaporaram", afirmou.

Para este ano, o impacto previsto no orçamento da operadora ronda entre 20 a 22 de milhões de euros.

Em "dois exercícios", afirmou, o impacto das medidas regulatórias poderá levar a "uma erosão" das receitas entre "30 a 40 milhões de euros".

Alexandre Fonseca considerou que as medidas regulatórias que têm sido aplicadas "ameaçam o setor".

O presidente executivo da Altice Portugal reiterou que as decisões do regulador Anacom - Autoridade Nacional de Comunicações, presidida por João Cadete de Matos, são uma "ameaça significativa".

Apontou que os quatro presidentes executivos das operadoras portuguesas - Altice Portugal, NOS, Vodafone e Nowo - reuniram-se com o ministro e o secretário do Estado da tutela e manifestaram "de forma unânime na história do setor a sua indignação" perante a "postura do regulador" e a "sua extraordinária preocupação com o futuro" das telecomunicações relacionada com a proposta da Anacom sobre a lei das leis comunicações eletrónicas.

"É uma afronta e uma ameaça a todos os seus elementos", considerou o responsável.

"Foi a primeira vez na história das telecom que os quatros presidentes se uniram" em torno da mesma posição, salientou.

Alexandre Fonseca reiterou que a estratégia de investimento e criação de emprego do grupo está condicionada "a uma necessária alteração da postura regulatória".

Por sua vez, Alexandre Matos, administrador financeiro (CFO) da Altice Portugal, salientou que as receitas cresceram 0,6% no último trimestre de 2018.

"Desde 2011, que a Altice Portugal vinha perdendo 30% de receitas", ou seja, "28 trimestres consecutivos a perder vendas", o que começou a inverter há cinco trimestes, disse.

"É um trabalho transpirado", afirmou o CFO.

Alexandre Fonseca afirmou que 40% das receitas, metade do investimento e 60% do 'cash flow' gerado é da Altice Portugal.

Relativamente ao programa Pessoa, de saídas voluntárias, Alexandre Fonseca reiterou o balanço positivo da medida.

Disse ainda que vai ter de ser resolvida, em breve, a questão que afeta meia centena de trabalhadores que estavam sem funções e que se recusam a ter formação ou ter outras funções dentro da empresa e que não aderiram ao programa Pessoa.

Trata-se de uma situação "de injustiça social", afirmou Alexandre Fonseca, que adiantou que a administração pediu ajuda à Comissão de Trabalhadores nesta matéria.

Sobre a eventual venda da fibra ótica, reiterou que tem mais de uma dezena de interessados e que a decisão será tomada até final deste semestre.

Alexandre Fonseca voltou a referir que o regulador deverá fazer estudos de impacto regulatório, "que é obrigatório por lei".

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