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Correos espanhóis querem comprar 51% da portuguesa Rangel Express

Os Correos espanhóis preparam-se para comprar 51% da empresa portuguesa de envio de encomendas Rangel Express, uma operação que aguarda aprovação do Conselho de Ministros espanhol.

Correos espanhóis querem comprar 51% da portuguesa Rangel Express
Notícias ao Minuto

15:42 - 22/03/19 por Lusa

Economia Negócio

"A operação de concentração em causa consiste na aquisição pela Correos Express Paquetería Urgente de 51% do capital social da Rangel Expresso, detida e controlada, direta e indiretamente, pela Espera Investments", segundo aviso divulgado na quinta-feira pela Autoridade da Concorrência (AdC) portuguesa.

Fonte do setor em Madrid disse à agência Lusa que, sendo os Correos uma companhia de capital 100% pertencente ao Estado espanhol, a operação só pode ser concluída depois de aprovada pelo Conselho de Ministros espanhol, o que deverá acontecer em breve.

Segundo a operação de concentração de empresas que já foi notificada à Autoridade de Concorrência portuguesa e que ainda não está fechada, esta empresa pública espanhola tomará uma posição maioritária naquela empresa do grupo Rangel.

Assim que se realizar a operação, a empresa espanhola passará a operar em todo o território da Península Ibérica, sendo Portugal a porta de entrada para o mercado europeu e latino-americano, principalmente o Brasil, e uma peça essencial para o salto desejado para o sudeste asiático.

No final de janeiro último, os Correos espanhóis já tinham anunciado que as principais linhas estratégicas para 2019 eram o crescimento internacional para Portugal e para o sudeste asiático, de forma a aumentar as suas receitas e conseguir ser rentável.

"A estratégia e a vontade da empresa é criar rapidamente uma rede eficiente de distribuição de encomendas em toda a Península Ibérica", disse na altura à Lusa fonte oficial dos Correos.

Aquela que é considerada a maior empresa pública espanhola pretende iniciar uma "nova etapa de crescimento a nível internacional" e de "melhoria das suas receitas para conseguir ser rentável", explicou o presidente dos Correos, Juan Manuel Serrano, num comunicado à imprensa distribuído alguns dias antes.

Serrano anunciou a criação de uma Comissão de Negócio Internacional com o objetivo de iniciar a sua expansão para o exterior de Espanha, sendo "a Península Ibérica e o Sudeste Asiático os lugares escolhidos".

A estratégia começa por criar um serviço a nível ibérico em 2019 "com a rede mais eficiente de encomendas", que vai permitir entregar qualquer pacote na Península Ibérica em menos de 24 horas.

Os Correos fecharam 2018 com um prejuízo de 150 milhões de euros e a previsão para 2019 é que as perdas baixem para cerca de sete milhões, para que o objetivo de alcançar a rentabilidade da empresa seja conseguido nos próximos exercícios.

Os Correos são uma companhia de capital 100% pertencente ao Estado, com mais de 51 mil empregados, e é considerada a maior empresa pública espanhola, depois de os governos do país terem privatizado nos anos 80 e 90 do século passado várias grandes companhias, como a Iberia, a Endesa, a Telefónica e a Argentaria, entre outras.

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