Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
14º
MIN 13º MÁX 19º

Trabalhadores da TST fazem nova greve em abril por aumentos salariais

Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) marcaram nova greve para 12 e 13 de abril, mas não descartam outras paralisações até que a empresa aceite discutir a proposta de salário de 750 euros, informou hoje fonte sindical.

Trabalhadores da TST fazem nova greve em abril por aumentos salariais
Notícias ao Minuto

16:30 - 15/03/19 por Lusa

Economia Transportes

"Vamos continuar o processo de luta, que poderá ser agudizado ou não, esperemos que não, basta a TST querer fazer parte da solução e querer reunir com os sindicatos para chegarmos a um acordo", avançou à agência Lusa Manuel Oliveira, do Sindicato Nacional dos Motoristas.

Esta estrutura sindical reuniu-se hoje, em Lisboa, com os sindicatos representativos dos trabalhadores, para debater a situação atual na empresa e definir novas formas de luta, tendo decidido a concretização de uma nova greve entre 12 e 13 de abril.

Os dias da nova paralisação foram escolhidos na quinta-feira, em plenário de trabalhadores, após a entrega de uma proposta à administração da TST para que o salário seja fixado em 750 euros, um aumento de 98,39 euros em relação ao atual.

Contudo, como ainda não houve nenhuma resposta por parte da empresa, e por terem sido recebidos pela diretora de recursos humanos da TST, em vez da administração, os trabalhadores decidiram marcar um novo protesto.

"Esta luta irá continuar até que a empresa decida falar com os sindicatos e quando falamos em empresa, falamos na administração. Com todo o respeito pelos representantes da empresa, esta discussão tem que ser tida com quem manda e não com quem é mandado", explicou Manuel Oliveira.

O Sindicato Nacional dos Motoristas mostrou-se, assim, solidário com a luta dos trabalhadores por aumentos salariais, mas advertiu que o serviço da empresa prestado aos clientes também deve ser melhorado.

"Há um conjunto de situações que vão além dos aumentos salariais, também estamos a falar das condições de trabalho e qualidade de serviço para a população, porque a TST existe para servir e devia servir os passageiros com mais dignidade. E a TST tem condições de apresentar um melhor serviço, nomeadamente em relação à qualidade dos autocarros", defendeu.

Ainda assim, o sindicalista sublinhou que o principal é o facto de os motoristas da empresa "trabalharem muito e receberem pouco".

Também João Saúde, da Fectrans -- Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações, já tinha avançado à Lusa que os motoristas da TST "ganham um salário de miséria" e que são os profissionais deste setor, na região, que têm os salários mais baixos.

Além disso, denunciou que a TST está a pagar o trabalho extraordinário "em valor abaixo do que determina o Acordo de Empresa", o que está a levar os motoristas a "procurar trabalho em outras empresas".

Em 23 de janeiro, a administração propôs o aumento do ordenado atual de 651,61 euros para 670 euros, além de um acréscimo de 0,91 cêntimos nas diuturnidades e de mais cinco euros no trabalho em dia de folga, passando a receber 42,50 euros, uma proposta que os trabalhadores consideraram insuficiente.

Foi este o motivo que levou os motoristas a convocar uma paralisação de 48 horas, a qual se realizou entre quarta e quinta-feira, com adesões de 90% e "grande impacto" nos concelhos de Almada e Setúbal, segundo João Saúde.

A TST desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.

Recomendados para si

;

Receba as melhores dicas de gestão de dinheiro, poupança e investimentos!

Tudo sobre os grandes negócios, finanças e economia.

Obrigado por ter ativado as notificações de Economia ao Minuto.

É um serviço gratuito, que pode sempre desativar.

Notícias ao Minuto Saber mais sobre notificações do browser

Campo obrigatório