"Um Governo que não olha para as pessoas e para os seus trabalhadores não está no caminho certo e tem que merecer a nossa contestação. Temos todas e mais algumas razões para lutar", disse Arménio Carlos hoje durante a sua intervenção no plenário de sindicatos, onde insistiu na necessidade dos trabalhadores intensificarem a luta "para melhorarem as condições de vida e de trabalho".
Entre as reivindicações, a CGTP refere o aumento dos salários de todos os trabalhadores, do privado e do público, e a exigência da fixação de, pelo menos, 650 euros como referência salarial mínima em todas as empresas e serviços.
"É um Governo cego, mudo e surdo às grandes reivindicações dos trabalhadores", criticou.
A CGTP agendou uma manifestação nacional para 11 de abril para protestar, junto ao parlamento, contra a proposta governamental de revisão do Código do Trabalho, por considerar que esta alteração vai agravar ainda mais a legislação laboral.
"Marcámos esta manifestação para protestar contra as normas gravosas que o Governo quer manter no Código do Trabalho e por considerarmos que a proposta que está em discussão não deve ser aprovada porque só irá piorar a situação", disse o secretário-geral da CGTP aos jornalistas à margem do plenário.
O alargamento do período experimental, a caducidade das convenções coletivas e a desregulação dos horários de trabalho são algumas das criticas feitas pela CGTP à proposta de revisão do Código do Trabalho.
O Conselho Nacional da Intersindical agendou ainda o próximo dia 23 uma manifestação, de dirigentes e ativistas sindicais, em solidariedade para com a trabalhadora corticeira Cristina Tavares, despedida na sequência de um processo de assédio moral.
O protesto decorrerá durante a manhã em Paços de Brandão sob o lema "pelo direito ao trabalho e contra o assédio.
Está marcado para dia 28 o julgamento da impugnação pedida pela empresa relativamente à coima de 31.000 euros, que lhe foi aplicada pela Autoridade para as Condições do Trabalho devido ao seu comportamento para com a trabalhadora.
No dia seguinte decorre no tribunal a 1.ª sessão do processo de impugnação ao despedimento de Cristina Tavares, instaurado pela própria e pelo seu sindicato.
Na reunião do Conselho Nacional da Inter foi ainda discutida a manifestação da juventude, no dia 28, e a jornada nacional de luta do 1.º de Maio.