"Setor privado reage ao Brexit procurando novas geografias e mercados"
O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação disse hoje no parlamento que o setor privado tem reagido a situações semelhantes ao Brexit através da procura de novas geografias, alertando, porém, que haverá sempre impactos.
© Global Imagens
Economia Capoulas Santos
"A economia e o setor privado reagem a estas situações procurando novas geografias e mercados. Já estivemos confrontados com o embargo russo [...] e não foi por isso que as exportações baixaram", disse Luís Medeiros Vieira que falava numa audição parlamentar conjunta com as comissões de Assuntos Europeus e de Agricultura e Mar, em representação do ministro da Agricultura, Capoulas Santos.
Para o governante, caso se verifiquem dificuldades associadas ao acordo para a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), os operadores económicos europeus vão voltar a utilizar esta estratégia.
Porém, e apesar de admitir que se vão verificar alguns impactos a nível geral, Luís Medeiros Vieira referiu que, no que concerne às frutas, legumes e vinhos, "não haverá grandes problemas".
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, o Reino Unido é o país da União Europeia que tem o défice agroalimentar mais elevado, por isso, não deverá deixar de importar produtos portugueses.
Já relativamente ao plano de contingência do Governo, Luís Medeiros Vieira afirmou que prevê regras sanitárias e fitossanitárias, bem como o reforço de recursos humanos nos cerca de 14 postos transfronteiriços.
Por outro lado, adiantou que já foi avançada uma "linha de crédito de 50 milhões de euros [...] para minimizar e mitigar os efeitos das relações comerciais das empresas em relação ao Reino Unido".
Na quarta-feira o parlamento britânico rejeitou uma saída do Reino Unido da União Europeia sem acordo. Hoje os deputados aprovaram o adiamento do Brexit até 30 de junho.
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