Aprovadas novas regras para reduzir crédito malparado na UE
O Parlamento Europeu aprovou hoje novas regras para evitar o crédito malparado na União Europeia (UE), que passam por estabelecer que os bancos devem ter fundos suficientes para cobrir os riscos associados aos empréstimos concedidos.
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Economia Parlamento Europeu
Em causa está um regulamento relativo à cobertura mínima das perdas, aprovado na sessão plenária que decorre em Estrasburgo, França, por 426 votos a favor, 151 contra e 22 abstenções, e que se traduz em mais um passo para a concretização de uma União Bancária.
A nova lei, que completa os procedimentos já existentes, introduz então níveis mínimos comuns de cobertura para empréstimos recém-concedidos que se tornem crédito malparado, prevendo que, caso um banco não cumpra o nível mínimo aplicável, seja sujeito a deduções dos seus fundos próprios.
Um empréstimo tem aquela designação quando os pagamentos têm um atraso de 90 dias ou mais em relação à sua data de vencimento ou quando o seu reembolso é considerado improvável.
Nestes casos, cabe ao banco recorrer a fundos próprios.
Assim, as novas regras visam evitar fragilidades nas instituições bancárias e, consequentemente, a necessidade de intervenções estatais ou outras.
O crédito malparado é um dos principais problemas no setor bancário da UE.
O regulamento seguirá agora para aprovação no Conselho da UE, onde estão representados os Estados-membros, para depois entrar em vigor nos países.
Portugal tinha, em 2017, a segunda maior proporção de crédito malparado (1,3%) da UE, atrás da Eslováquia, de acordo com dados divulgados em janeiro passado.
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