Renault, Nissan e Mitsubishi acordam "reiniciar" a aliança

Renault, Nissan e Mitsubishi acordaram hoje a constituição de um novo conselho integrado por diretores das três empresas com o objetivo de "reiniciar" a aliança e dar "um novo impulso" depois da queda do principal 'artífice', Carlos Ghosn.

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Lusa
12/03/2019 11:43 ‧ 12/03/2019 por Lusa

Economia

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Os responsáveis dos três fabricantes de veículos anunciaram a constituição de um novo órgão reitor numa conferência de imprensa realizada na sede da Nissan em Yokohama (sul de Tóquio), uma medida com a qual aspiram deixar para trás a incerteza sobre o futuro da aliança provocada pela detenção de Ghosn no Japão.

O conselho será liderado por Jean-Dominique Senard, presidente da Renault, e contará também com o presidente executivo (CEO) do fabricante francês, Thierry Bolloré, e com os presidentes da Nissan Motor e da Mitsubishi, Hiroto Saikawa e Osamu Masuko, respetivamente.

"Queremos dar um novo impulso a toda a organização, ser mais eficientes, e simplificar a estrutura", explicou Senard, adiantando que o órgão terá a missão de "melhorar e reforçar a aliança no futuro" e de estreitar a colaboração entre os três fabricantes.

Senard também disse que a aliança forjada há duas décadas "foi extremamente frutífera no passado", mas que agora chegou "a um nível de maturidade" e que, portanto, precisa de "dar um passo em frente".

A nova estrutura basear-se-á num "equilíbrio total" entre a Renault, a Nissan e a Mitsubishi e terá um processo de "decisões rápidas" e baseadas no consenso "em que todas as partes sairão a ganhar", refere o memorando de entendimento assinado hoje pelos dirigentes das três partes.

A constituição do novo órgão não afetará a atual estrutura de capital cruzado no seio da aliança, na qual a Renault possui 43% da Nissan e direito de voto no Conselho de Administração, enquanto a empresa japonesa possui 15% da Renault mas sem direito de voto.

Entretanto, depois de 100 dias de detenção, Ghosn, homem de negócios franco-libanês-brasileiro, saiu em liberdade na semana passada em troca do pagamento de uma caução de mil milhões de ienes (cerca de oito milhões de euros), tendo anunciado que não pensa ficar inativo.

Ghosn é acusado no Japão de abuso de confiança e de falsificar as receitas nos relatórios da Nissan entregues às autoridades bolsistas.

Em França, o Ministério Público de Nanterre acaba de abrir uma investigação ao financiamento do casamento de Ghosn celebrado em outubro de 2016 no fausto do palácio de Versalhes.

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