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Bolsas europeias têm mais incertezas que as dos EUA

As ações europeias têm a pesar sobre si mais incertezas que as norte-americanas, mas os especialistas ouvidos pela Lusa consideram que podem assumir-se como um investimento mais atrativo no médio ou longo prazo.

Bolsas europeias têm mais incertezas que as dos EUA
Notícias ao Minuto

09:38 - 08/03/19 por Lusa

Economia Especialista

Longe dos ganhos de 300% dos mercados norte-americanos na última década, as bolsas europeias registam avanços menos expressivos, com o Euro Stoxx 50 a ganhar 83% nos últimos dez anos e o parisiense CAC 40 a avançar 109%, por exemplo.

Questionado sobre o que se perspetiva no curto prazo para as ações europeias, Sérgio Silva, administrador e diretor de investimentos da Golden Wealth Management, considera que o mercado europeu "pode surpreender pela positiva".

"O nosso otimismo está ancorado não só na resiliência das economias domésticas como num possível regresso do apetite pelo risco, assim que sejam dirimidas as tensões comerciais entre os EUA e a China", explica o especialista.

Pedro Lino, economista da Dif Broker, indica que o mercado europeu é palco de mais incertezas, como a saída do Reino Unido da União Europeia (o 'Brexit'), o abrandamento do crescimento económico, a incerteza em Itália e Espanha e a instabilidade social em França, mas antecipa que "as empresas exportadoras podem sair beneficiadas com um eventual acordo comercial ou estímulo fiscal chinês".

Mário Fernandes, diretor de investimentos do Banco Carregosa, recorda que "o mercado europeu tem estado, de acordo com várias métricas, constantemente com um nível de valorização inferior ao norte-americano", algo que se deve, em termos históricos, a "questões estruturais como o menor dinamismo da economia europeia e à diferente composição setorial entre as duas geografias".

Segundo o diretor de Investimentos do Banco Carregosa, "nos últimos anos, essa diferença passou também a incorporar um prémio de risco adicional pelas dificuldades conjunturais observadas na construção do projeto europeu, do 'Brexit', do crescimento do populismo, do abrandamento da economia chinesa e dos receios dos efeitos de uma política comercial externa mais hostil por parte dos Estados Unidos".

Assim sendo, para o especialista, no curto prazo os desenvolvimentos nestas questões conjunturais vão ditar o desempenho do mercado europeu, "sendo expectável volatilidade ao sabor das notícias que forem sendo divulgadas".

"Já a médio ou longo prazo, assumindo que muitos desses impasses conjunturais irão ser tratados de forma racional e que no final do trajeto o bom senso irá imperar, o mercado europeu deverá assumir-se como um investimento mais atrativo do que o mercado americano", de acordo com Mário Fernandes.

Mas o especialista indica, contudo, que não é expectável que se feche por completo o 'gap' (intervalo) de valorização, entre o mercado europeu e norte-americano, devido à persistência dos fatores estruturais.

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