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Sindicato aponta "mais uma falha de segurança" nas minas de Aljustrel

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira (STIM) lamentou hoje o segundo acidente em menos de um mês nas minas de Aljustrel (Beja), considerando que resultou de "mais uma falha de segurança".

Sindicato aponta "mais uma falha de segurança" nas minas de Aljustrel
Notícias ao Minuto

20:16 - 07/03/19 por Lusa

Economia STIM

"Naturalmente, num acidente com esta gravidade há sempre uma falha de segurança", disse à agência Lusa o dirigente do STIM Luís Cavaco.

Há menos de um mês, no dia 11 de fevereiro, "houve outro acidente nas minas de Aljustrel, que resultou de uma falha de segurança grave" e em que "morreu um trabalhador e outro ficou gravemente ferido e está a lutar pela vida no hospital", lembrou.

"As entidades competentes deviam fiscalizar e inspecionar efetivamente estas empresas [concessionárias de minas] e não fiscalizam", acusou o sindicalista, referindo que "as falhas de segurança têm sido uma constante nas minas de Aljustrel" e perguntando: "Onde está a Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)".

Confrontado pela Lusa com as críticas do STIM, o diretor da Unidade Local do Litoral e Baixo Alentejo da ACT, Carlos Graça, disse que o organismo, em conjunto com a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), "está no terreno, desde o primeiro momento", quer no acidente ocorrido no dia 11 de fevereiro, quer no de hoje.

Segundo Carlos Graça, "a ACT está no terreno a fazer inspeção e a adotar as medidas que se impõem e que, neste caso, por se tratar de uma mina, são feitas em articulação com a DGEG".

"A ACT, desde o primeiro momento, quer num acidente, que noutro, está e continua a desenvolver averiguações e a adotar os mecanismos para que sejam corrigidas as situações e implementadas as necessárias medidas de segurança" nas minas de Aljustrel, insistiu Carlos Graça.

De acordo com o responsável, a ACT abriu inquéritos para averiguar as circunstâncias em que ocorreram os dois acidentes de trabalho em menos de um mês nas minas de Aljustrel.

Por se tratar de acidentes de trabalho com vítimas mortais, as informações apuradas nos inquéritos estão sujeitas a segredo de justiça e destinam-se aos tribunais e a ACT não as pode revelar.

Um trabalhador das minas, cuja idade a GNR confirmou ser de 35 anos e não 36 como avançado inicialmente pelos bombeiros, morreu hoje após ter sido atingido por um trator num acidente de trabalho na zona das lavarias.

Segundo fonte do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Beja, o alerta para o acidente nas minas de Aljustrel, inicialmente com um ferido grave, foi dado aos bombeiros cerca das 14:30.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que mobilizou para o local a viatura médica de emergência e reanimação (VMER) de Beja e a ambulância de suporte imediato de vida (SIV) de Castro Verde, confirmou à Lusa o óbito por volta das 16:15.

O homem "encontrava-se em paragem cardiorrespiratória e, apesar da insistência das manobras de reanimação, não foi possível reverter a situação" e a vítima "não sobreviveu", disse a fonte do INEM.

O trabalhador "ficou preso numa máquina", referiu o INEM, enquanto o CDOS de Beja se limitou a explicar que o acidente aconteceu na zona das lavarias do complexo mineiro de Aljustrel, cuja concessionária é a empresa Almina - Minas do Alentejo.

Uma fonte da corporação de Bombeiros de Aljustrel, igualmente contactada pela Lusa, relatou que o homem foi atingido "por um trator".

O dirigente do STIM disse à Lusa que o homem, que era trabalhador de uma empresa subcontratada pela concessionária das minas, "deixou-se apanhar por uma tomada de força de um trator" e confirmou que o acidente ocorreu "à superfície da mina, na zona das lavarias".

Contactado pela Lusa, o administrador-delegado da Almina, Arménio Pacheco, escusou-se a reagir à acusação do STIM e remeteu informações sobre o acidente para um comunicado da empresa.

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