Austrália e Indonésia assinam acordo comercial
A Indonésia e a Austrália assinaram hoje um acordo comercial, cuja conclusão foi adiada devido à controversa decisão de Camberra de transferir a embaixada em Israel para Jerusalém.
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Economia Relações
Ao abrigo do acordo milionário, a criação de gado bovino e o bovino australiano vão ter acesso alargado ao mercado indonésio, cuja população ultrapassa os 260 milhões de habitantes.
Ao mesmo tempo, universidades australianas, profissionais de saúde e mineiros vão poder entrar mais facilmente no país, a maior economia do Sudeste Asiático.
Em contrapartida, as indústrias automóvel e têxtil indonésias, bem como as exportações de madeira, electrónica e medicamentos vão poder entrar facilmente no mercado australiano.
Em 2017, o comércio entre os dois países totalizou 11,7 mil milhões de dólares (cerca de 10,3 mil milhões de euros).
O ministro do Comércio da Indonésia, Enggartiasto Lukita, e o homólogo australiano, Simon Birmingham, assinaram o documento em Jacarta, numa cerimónia realizada esta manhã.
"A assinatura do Acordo de Parceria Económica Integral entre a Indonésia e a Austrália aproxima as nossas duas nações mais do que nunca", declarou o ministro australiano.
O acordo devia ter sido assinado antes do final de 2018, mas a cerimónia foi bloqueada, na sequência da transferência da embaixada da Austrália em Israel, de Telavive para Jerusalém.
A Indonésia, o país muçulmano mais populoso do mundo, repudiou a decisão australiana de mudar a embaixada. Em dezembro, a Austrália reconheceu oficialmente Jerusalém como a capital israelita, mas indicou, na altura, que a transferência da representação diplomática estaria dependente de um acordo de paz prévio entre israelitas e palestinianos.
Israel considera a cidade de Jerusalém como a capital do país e os palestinianos pretendem tornar Jerusalém Leste, anexada pelos israelitas em 1980, a capital de um futuro Estado.
A anexação foi considerada "nula e sem efeito" pelo Conselho de Segurança da ONU, que pediu aos países para retirarem as missões diplomáticas da cidade.
Em dezembro de 2017, Os Estados Unidos foram o primeiro país a tomar a decisão de transferir a embaixada para Jerusalém, o que rompeu com décadas de consenso internacional sobre a Cidade Santa.
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