Porto de Leixões recebe investimento de 217 milhões de euros até 2023
O Porto de Leixões, em Matosinhos, vai receber até 2023 obras num investimento de cerca de 217 milhões de euros, dos quais 147 são investimento público, para aumentar a sua competitividade portuária, anunciou hoje a ministra do Mar.
© Global Imagens
Economia Matosinhos
Uma das empreitadas assenta no prolongamento do quebra-mar exterior em 300 metros, com alteração da sua inclinação, no aprofundamento do canal de entrada, anteporto e bacia de rotação.
Estas intervenções, que deverão iniciar em 2020 e estar concluídas em 2022, representam um investimento público de 147 milhões de euros e visam aumentar as condições de segurança e a capacidade de receção de navios de maior dimensão, reduzir os custos de transporte ao longo da cadeia logística e melhorar a navegabilidade da barra.
O prolongamento de 300 metros no quebra-mar exterior -- que permanece inalterado desde 1940 -- tem por objetivo reforçar a segurança na entrada da barra e melhorar a operacionalidade, assegurando uma acessibilidade mais segura e facilitada nas diversas condições meteo-marítimas.
Simultaneamente, será realizada a dragagem do canal de entrada e da bacia de rotação aprofundando para, respetivamente, -16,85 metros e -15,5 metros de fundos, criando condições para dar resposta ao aumento da dimensão da frota dos navios, nomeadamente até 300 metros de comprimento.
Este investimento público irá ser objeto de uma empreitada única, embora tenha sido submetido a diferentes candidaturas a fundos comunitários.
Contudo, a melhoria das acessibilidades ao porto vem viabilizar um outro projeto da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) que passa pela criação do novo terminal no Molhe Sul, num investimento privado de 70 milhões de euros.
O novo terminal terá fundos de -14,8 metros, uma linha de cais de 360 metros num terrapleno de 16 hectares e capacidade de movimentação de 435 mil TEUS.
Esta nova infraestrutura visa aumentar a capacidade instalada por forma a dar resposta às exigências da procura.
Simultaneamente, a APDL vai promover a melhoria das condições de operação do porto de pesca, criando um novo entreposto frigorífico e fábrica de gelo, beneficiando as duas pontes-cais e construindo uma nova linha de cais para acostagem de embarcações de pesca.
A expectativa é que a globalidade dos projetos gere um valor atual líquido económico de 180,5 milhões de euros, poupanças nos custos de transporte das mercadorias ao longo da cadeia logística de 115 milhões de euros e externalidades ambientais positivas de 50 milhões de euros.
Falando numa "boa notícia" para o país, a ministra do Mar frisou que Leixões não é uma "infraestrutura qualquer", mas uma "unidade de negócios" que se projeta para o mundo e reafirma a liderança nacional em matéria do mar.
"O Porto de Leixões é um grande indicador da nossa economia nacional, está a crescer e a afirmar-se no setor das exportações", frisou Ana Paula Vitorino.
Exportando para 184 países, o Porto de Leixões tem uma ligação direta e indireta com 7% do emprego português e 18% do emprego da região Norte e lida com 17% do PIB da região norte e com 6% do PIB do país.
Leixões é o maior porto de Portugal no que se refere ao movimento de/para o hinterland em carga contentorizada e é o segundo maior do país no que se refere a carga total movimentada.
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