Portugueses mais otimistas mas pouco confiantes na situação económica
Os portugueses continuam a ser dos europeus com avaliações menos positivas em relação à situação da economia nacional, abaixo da média da União Europeia (UE), mas estão mais otimistas do que há um ano, revelou hoje Bruxelas.
© Reuters
Economia Eurobarómetro
Em causa está o Eurobarómetro hoje divulgado sobre a opinião pública em Portugal, demonstrando que, dos inquiridos, pouco mais de um terço (36%) classificou a situação económica nacional como 'boa' ou 'muito boa'.
Segundo o inquérito coordenado pela Comissão Europeia, Portugal é, assim, "um dos 13 Estados-membros que se posicionam abaixo da média europeia em termos de proporção de avaliações positivas da situação da economia nacional", que é de 49%.
Ainda assim, a opinião manifestada pelos portugueses no outono de 2018, data do relatório, era "ligeiramente" melhor à do período homólogo do ano anterior, que ficou pelos 33%.
Acresce que a percentagem agora conhecida é "bastante mais elevada" do que observado nos outonos de 2013 a 2016, nota Bruxelas, falando numa "tendência de lenta, mas progressiva, melhoria na avaliação que os portugueses fazem do estado da economia nacional".
Aludindo à situação económica de cada agregado familiar, 68% dos inquiridos classificou-a como 'boa' ou 'muito boa'.
Esta percentagem é semelhante à verificada no período homólogo de 2017 e coloca Portugal como o sexto povo menos otimista, abaixo da média da UE, que foi de 72% no outono de 2018.
Já quanto a possíveis alterações da situação económica, metade dos inquiridos portugueses não estimou mudanças dentro de um ano, enquanto 29% disse acreditar numa melhoria.
"Em relação ao outono de 2017, a proporção de otimistas caiu sete pontos percentuais, enquanto a proporção de pessimistas se manteve relativamente idêntica", indica o relatório.
Quanto a alterações na situação financeira do agregado familiar, 63% afastou essa possibilidade, ao passo que outros 8% se mostraram pessimistas.
No topo das preocupações dos inquiridos portugueses estava, no final do ano passado, a saúde e a segurança social (33%) e o aumento dos preços, a inflação e o custo de vida (32%).
Da lista faziam também parte o desemprego (27%), as reformas e pensões (19%) e os impostos (17%).
O relatório realça que, no outono de 2016, o desemprego "preocupava 58% dos portugueses", sendo uma das maiores preocupações de então.
Apesar de estas também serem preocupações manifestadas noutros Estados-membros, as percentagens registadas em Portugal são superiores à média da UE.
Abaixo da média da UE ficaram, por seu lado, as preocupações com problemáticas relacionadas com o crime (4%), a imigração (3%), o ambiente, clima e energia (3%) e o terrorismo (1%).
Os questionários para este estudo foram feitos entre 8 e 19 de novembro do ano passado, altura marcada por polémicas na área da política como as falsas presenças no parlamento ou a declaração de moradas fictícias para obter benefícios e ainda por uma remodelação governamental e pela entrega do Orçamento do Estado.
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