Wall Street fecha em alta face à expetativa de acordo China-EUA
A bolsa nova-iorquina fechou hoje em alta, no seguimento de aparentes avanços nas negociações comerciais entre chineses e norte-americanos, com o Dow Jones a ter mesmo a série mais prolongada de subidas semanais desde 1995.
© Reuters
Economia Bolsas
Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average progrediu 0,70%, para os 26.031,81 pontos.
Mais fortes, os ganhos do tecnológico Nasdaq atingiram 0,91%, fechando nas 7.527,54 unidades, ao passo que o alargado S&P500 ganhou 0,64%, para os 2.792,67 pontos.
No conjunto da semana, o Dow Jones apreciou 0,57%, o Nasdaq subiu 0,73% e o S&P500 valorizou 0,61%.
Apoiados desde o final de dezembro pelo tom mais acomodatício do banco central norte-americano e pela esperança de apaziguamento das tensões sino-norte-americanas, os três índices estão no seu nível mais elevado desde dezembro.
Na sexta-feira, os operadores do mercado reagiram sobretudo "ao que parece representar progressos significativos para a resolução do conflito comercial entre os EUA e a China", comentou Alan Skrainka, da Cornerstone Wealth Management.
O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, indicou que as negociações que se realizam desde o início da semana, em Washington, tinham sido prolongadas até domingo, enquanto o Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou que havia "muito boas hipóteses" de chegar a um acordo comercial.
Trump anunciou também "um encontro muito em breve" com o Presidente chinês, Xi Jinping, para negociar os pontos mais delicados do diferendo comercial entre os dois países, "provavelmente em março, em Mar-a-Lago", o clube privado de Trump, em Palm Beach, no Estado da Florida.
Teoricamente, falta uma semana para expirar a data-limite de 01 de março, a partir da qual Trump ameaçou agravar as tarifas alfandegárias, elevando-as de 10% para 25%, às importações provenientes da China avaliadas em 200 mil milhões de dólares (176 mil milhões de euros).
Mas, para os investidores, "a guerra comercial com a China já acabou", considerou Gregori Volokhine, da Meeschaert Financial Services.
Esta atitude otimista é tanto mais interessante, para Volokhine, quando ao mesmo tempo se esboçam novas tensões com a União Europeia, que está a preparar uma lista de empresas dos EUA a punir, se Trump decidir avançar com a aplicação de taxas às viaturas alemãs.
Em todo o caso, estimou Skrainka, "os diferendos entre os EUA e a União Europeia são menos importantes pela sua natureza e não devem constituir um travão significativo ao crescimento (da [economia] mundial".
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