"O programa de ajustamento na Grécia foi mais desafiador e prolongado do que noutros países da zona euro", disse Mário Centeno, em comunicado, salientando a necessidade de ser feita "uma avaliação completa e independente".
"A missão do avaliador independente é a de examinar a assistência financeira à Grécia, com foco no programa do MEE", acrescentou.
Mário Centeno, que é presidente do Conselho de Governadores do MEE por inerência de cargo de presidente do Eurogrupo (fórum dos ministros das Finanças dos 19 países da moeda única), disse ainda que o ex-comissário espanhol "tem as qualificações e experiência adequadas para liderar esta atividade e fazer uma avaliação credível e idónea ".
O trabalho de avaliação será levado a cabo com o apoio de uma equipa do MEE e conselho de peritos externos com experiência de avaliação noutras instituições financeiras internacionais e Almunia deverá apresentar um relatório na reunião anual do Conselho de Governadores do MEE em junho de 2020.
Segundo o comunicado, esta é a segunda avaliação do programa de ajuda financeira à Grécia, tendo o primeiro decorrido em conjunto com os outros quatro países intervencionados: Portugal, Irlanda, Espanha e Chipre.
A Grécia recebeu ajuda financeira em três planos sucessivos (2010, 2012 e 2015), tendo o último terminado em agosto de 2018.
Joaquín Almunia foi comissário de Assuntos Económicos e Monetários na primeira 'Comissão Barroso' (2004- 2009), tendo no segundo mandato de José Manuel Durão Barroso assumido o cargo de vice-presidente e comissário europeu para a Concorrência, até 2014.