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"Temos o grande entrave à internacionalização que é o SEF"

O presidente da ANA -- Aeroportos de Portugal, José Luís Arnaut, disse hoje que o grande entrave à internacionalização do país é o mau funcionamento do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) no aeroporto de Lisboa.

"Temos o grande entrave à internacionalização que é o SEF"
Notícias ao Minuto

11:43 - 21/02/19 por Lusa

Economia ANA Aeroportos

"Temos atualmente uma média de 90 minutos de fila no SEF para entrar em Lisboa, com uma ocupação média das cabines de cerca de 50%. Por isso, os turistas chegam e o seu primeiro contacto com o país é uma hora de espera numa fila", disse o responsável.

José Luís Arnaut falava hoje em Lisboa num evento organizado pela Associação Industrial Portuguesa, integrando um painel sobre internacionalização e o futuro do setor do turismo, no qual participavam também o presidente da TAP, Miguel Frasquilho, o diretor financeiro do Pestana Hotel Group, Pedro Santos Silva, e o presidente da Câmara Municipal do Montijo.

O responsável lembrou que a ANA tem como grande preocupação a recetividade dos turistas, tendo em conta que "95% dos turistas estrangeiros chegam a Portugal de avião" e, por isso, há "uma grande responsabilidade", embora seja gestora apenas da infraestrutura (aeroporto).

Há depois uma série de fatores que não são controlados pela ANA, continuou, é o caso do 'handling' (assistência nos aeroportos) que está concessionado e as entidades públicas que "funcionam muito mal".

"Temos o grande entrave à internacionalização que é o SEF", disse o responsável.

José Luís Arnaut lembrou que a TAP aumentou em 10% os seus passageiros no ano passado.

"E o que aumentou o SEF? Nada... até vão fazer greve para a semana porque querem um parque de estacionamento mais perto", acrescentou.

O 'chaiman' da ANA disse também que estão a fazer "todos os esforços possíveis" para reduzirem estes constrangimentos, que são "um entrave sério" quando se fala de "um país em que por cada milhão de passageiros cria 800 postos de trabalho".

"Sensibilizamos, batemos à porta, falamos aqui e acolá, mas não conseguimos. As infraestruturas respondem, mas somos apenas um trampolim para a economia... não controlamos os fatores endógenos da atividade", disse.

O presidente da TAP, Miguel Frasquilho, concordou igualmente que os constrangimentos provocados pelo SEF são um dos grandes problemas externos que afeta a pontualidade dos voos da companhia aérea e referiu que entre os desafios ao setor está a incerteza em relação ao 'Brexit'.

O tema da saída do Reino Unido da União Europeia surgiu como um novo pretexto para José Luís Arnaut voltar a criticar o funcionamento do SEF.

"O 'Brexit' pode criar uma situação dramática nos aeroportos. Em Lisboa há 18 voos diários vindos do Reino Unido e estes passageiros vão ter que passar pelo SEF", disse.

Pior do que isto, continuou o presidente da ANA, é o Algarve, que recebe 50% dos seus voos oriundos do Reino Unido e onde não há condições físicas ou humanas para o SEF responder a este aumento de atividade.

"Lisboa e Porto vai ser dramático, Faro vai ser caótico", avisou.

"O SEF vai ter que trabalhar um bocadinho mais, vamos ver se estão prontos para isto...", finalizou.

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