CTT divulgaram "informação enganosa". Quem o diz é o regulador
Em causa estão reclamações relativas ao sector das comunicações registadas pela ANACOM e pelos CTT. Acontece que há uma diferença considerável, que o regulador classifica de "informação enganosa".
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Economia Anacom
Tudo remonta ao passado dia 13 deste mês, altura em que a ANACOM publicou informação relativa " a reclamações apresentadas no livro de reclamações" e "as enviadas diretamente" ao regulador pelos utilizadores ('reclamações diretas')".
Nessa divulgação constava que "as reclamações sobre o sector postal aumentaram 43,3% em 2018, passando de 16 mil em 2017 para 22,9 mil em 2018 (mais 6,9 mil reclamações)".
Mais, concluiu o regulador à data, "o número de reclamações sobre o Grupo CTT aumentou 35,8% face a 2017 (passando de 14,6 mil reclamações para 19,9 mil reclamações); e "representam 87,4% das reclamações do sector postal em 2018, quando em 2017 representavam 92,6%, o que significa que, apesar do aumento de reclamações, em termos relativos aumentou mais o número de reclamações sobre outros prestadores de serviços postais".
Acontece que, no mesmo dia, conta a ANACOM em comunicado publicado esta terça-feira, "os CTT emitiram um comunicado" no qual garantem que “as reclamações totais de serviços postais recebidas pelos CTT caíram 7% em 2018 face a 2017”, acrescentando que “os dados têm em conta todas as empresas do Grupo CTT (Correio e Encomendas) analisadas pela ANACOM".
Face a esta discrepância nos dados, a ANACOM solicitou esclarecimentos aos CTT, "tendo os elementos recebidos no dia 18 de fevereiro (ontem) permitido confirmar que os CTT divulgaram informação enganosa".
No referido comunicado do dia 13 de fevereiro "induzia-se a conclusão de que tal redução respeitaria apenas a reclamações, quando, na verdade, correspondia à soma das reclamações e dos pedidos de informação relativos a serviços postais recebidos pelo Grupo CTT", explica a ANACOM.
[Notícia em atualização]
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