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Bruxelas só aceita acordo comercial com EUA sob "certas condições"

A comissão parlamentar de Comércio Internacional aprovou hoje o início das negociações entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos sobre futuras trocas comerciais, mas vincou que só haverá um compromisso mediante "certas condições".

Bruxelas só aceita acordo comercial com EUA sob "certas condições"
Notícias ao Minuto

16:17 - 19/02/19 por Lusa

Economia Negociações

Em comunicado, aquela comissão parlamentar vinca que "o início das conversações é do interesse dos cidadãos e das empresas europeias visto que atenuará as atuais tensões nas relações comerciais entre a UE e os EUA".

Porém, para os eurodeputados da comissão parlamentar de Comércio Internacional só poderá haver um acordo comercial se forem cumpridas "certas condições".

Num relatório aprovado hoje na reunião daquela comissão parlamentar, os eurodeputados exigem que "os EUA levantem as tarifas sobre alumínio e aço" e que haja "um processo de consulta abrangente à sociedade civil e uma avaliação de impacto de sustentabilidade".

Pedem, também, "mais clareza sobre como as regras de origem" dos produtos e observam que a UE "insiste em incluir tarifas de carros e automóveis nas negociações e em excluir a agricultura".

Os eurodeputados alertam ainda que "as negociações serão suspensas se os EUA decidirem aplicar outra tarifa".

Em causa está o anteprojeto apresentado pela Comissão Europeia em meados de janeiro passado e que irá ser proposto aos Estados Unidos, ainda sem data definida.

O documento visa a eliminação das tarifas aplicadas aos produtos industriais, sem contar com a área agrícola, e a redução das barreiras, no que toca ao cumprimento de requisitos técnicos, para trocas comerciais entre os dois continentes.

No final de julho do ano passado, reunidos em Washington, os presidentes da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgaram uma série de medidas na agricultura, indústria e energia, para apaziguar o seu conflito comercial, mas os respetivos anúncios foram globalmente vagos.

Depois do aval de hoje desta comissão parlamentar, terá de haver uma aprovação em plenário, que está prevista para março.

Também para março é apontada a discussão da proposta da Comissão Europeia no Conselho da UE (onde estão representados os Estados-membros).

Bruxelas só poderá avançar depois destes passos.

Hoje, estiveram reunidas em Bruxelas a Alta Representante da UE para a Política Externa, Federica Mogherini, e a presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi.

Após um encontro, a UE divulgou um comunicado referindo que as duas partes realçaram, na ocasião, "a importância crucial de manter uma forte parceria transatlântica através da cooperação e do diálogo contínuos, numa vasta gama de domínios, como o comércio, as alterações climáticas e também os direitos humanos".

As declarações surgem numa altura em que existe incerteza relativamente às relações comerciais entre estes mercados.

Na segunda-feira, a Comissão Europeia disse que dará uma resposta "rápida e adequada" se os Estados Unidos concretizarem a ameaça de aumentar as tarifas alfandegárias sobre a importação de automóveis europeus.

Antes, no domingo passado, o secretário norte-americano do Comércio, Wilbur Ross, apresentou oficialmente ao Presidente Donald Trump um documento sobre a indústria automóvel que poderá permitir a cobrança de novas taxas alfandegárias sobre as importações de automóveis e peças da UE.

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