Linha orçamental: “O mais importante é onde vamos utilizar o dinheiro”
Ministro português considerou, enquanto esta terça-feira presidente do Eurogrupo, que "estamos no bom caminho" na resolução dos problemas de competetividade e de convergência que existem na área do Euro.
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Economia Mário Centeno
O presidente do Eurogrupo, Mário Centeno, destacou esta terça-feira em Bruxelas a importância da criação de uma linha orçamental para a área do Euro. “Um instrumento orçamental para a convergência e para a competitividade”, destacou, considerando a decisão, tomada em dezembro, “crucial”. “É uma decisão que muda a dinâmica e a estrutura da área do Euro”, realçou Centeno.
Em declarações aos jornalistas, o ministro português das Finanças sublinhou que agora é o momento de “tratar dos detalhes” desse instrumento, passando esses detalhes por decidir “onde utilizar o dinheiro”.
“Com reformas, com investimento público, [decidir] como fazer a governação destas linhas orçamentais, que papel para o Eurogrupo, no contexto do quadro de financiamento plurianual, e finalmente que dimensão dar a este orçamento”, prosseguiu.
“É mais importante onde vamos utilizar o dinheiro e nem tanto a sua dimensão”, firmou ainda, reforçando que a decisão de criar a linha orçamental é uma mudança estrutural “que fica para o futuro”. “As outras decisões são mais transitórias – são importantes, temos que as abordar, mas não são as decisões mais importantes neste semestre”, defendeu.
Salientando que o Euro tem vindo a crescer, que os países da área da moeda única têm vindo a crescer e que o desemprego tem vindo a diminuir, Centeno frisou, porém, que “temos problemas de convergência e de competitividade, como todas as áreas monetárias".
E é justamente sobre esses problemas "que esta linha orçamental irá tratar e portanto estamos nesse sentido no bom caminho”, asseverou.
Segundo Mário Centeno, que já havia discursado anteriormente sobre o assunto, este instrumento também "deve representar um valor acrescentado ao que já há hoje e aumentar a atratividade de pertencer à zona euro", e os seus "efeitos positivos irão encorajar os restantes Estados-membros a reforçar e acelerar os esforços para aderir à moeda única".
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